Nessa terça-feira, a França usou pela primeira vez mísseis de cruzeiro ar-terra contra posições do grupo EI (Estado Islâmico) no Iraque, informou o Ministério da Defesa do país. Esse tipo de bombardeio, inédito até então na ofensiva francesa contra o EI na Síria e no Iraque, foi feito por caças Rafale e Mirage 2000, explicou o Estado-Maior da França por meio de comunicado.
Os aviões decolaram de bases na Jordânia e nos Emirados Árabes Unidos com o objetivo de destruir posições do EI em Al Qaim, no Oeste do Iraque, uma região perto da fronteira com a Síria. Os mísseis de cruzeiro, programados antes do lançamento e guiados por sistemas de navegação por satélite, dispõem de autopropulsão e aerofólios para conseguir um voo mais sustentado. Sua rota, porém, não pode ser modificada após o disparo.
Os caças franceses tinham como alvo edifícios, alguns deles reforçados, usados pelo EI como “quartéis, centros de treinamento e armazéns logísticos”, acrescentou o Ministério da Defesa. “Em paralelo a esses ataques planejados, os caças da operação Chammal continuaram com a missão de apoio às forças iraquianas em terra contra elementos do Estado Islâmico”, indica a nota.
A França, que bombardeia o EI desde o dia 19 de setembro de 2014, conta com 3,5 mil militares envolvidos na ofensiva. Parte deles está em Bagdá e em Erbil, treinando tropas iraquianas. Outros participam da missão aérea, que possui 38 caças e aeronaves de reabastecimento aéreo. Além disso, a França enviou o porta-aviões Charles de Gaulle e várias fragatas para a região após os atentados que mataram 130 pessoas em Paris. (Efe)