As assembleias de voto franceses abriram às 8h deste domingo (13), no horário local, para a segunda rodada do regional das eleições, em que a principal questão reside em saber se a FN (Frente Nacional) de direita conquista pela primeira vez em sua história de uma região.
A semana foi marcada pela onipresença da extrema-direita e divisões de esquerda no poder e a oposição da direita. No total, mais de 45 milhões de franceses devem votar para renovar os conselhos regionais. As assembleias de voto estarão abertas até as 18h, hora local (17h GMT) na maior parte do território, embora permaneçam uma hora a mais nos municípios maiores e não fechem até as 20h hora local (19h GMT) nas grandes cidades.
O Partido Socialista francês, que governa o país, e a oposição de direita se mobilizam para impedir a vitória da Frente Nacional, de extrema-direita, em uma ou várias regiões, o que reforçaria a posição de sua líder Marine Le Pen para as presidenciais de 2017.
A atitude a respeito da FN, que liderou os resultados do primeiro turno em 6 de dezembro e ficou na primeira posição em seis regiões, domina a campanha do segundo turno. O presidente François Hollande, que manteve o silêncio sobre as eleições regionais, pediu na quarta-feira (09) a “defesa dos valores da República”.
O Partido Socialista retirou seus candidatos em favor da direita nas duas regiões em que a extrema-direita tem mais chances de vitória. Mas em uma terceira, o candidato socialista se recusou a abandonar a disputa, o que provocou a revolta da direção do partido.
Ao mesmo tempo, o ex-presidente Nicolas Sarkozy, líder do principal partido da oposição de direita, Os Republicanos (LR), rejeitou qualquer desistência ou aliança com os socialistas, posição que também foi criticada por outros dirigentes de direita. A postura dos socialistas é interpretada por alguns como uma estratégia que pretende apresentar Hollande como a melhor barreira contra Marine Le Pen em 2017. (AG)
