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Frigoríficos colocavam substância cancerígena em carne estragada, aponta investigação

Empresas investigadas usavam ácido e outros elementos químicos muito acima do permitido por lei para maquiar o aspecto físico de alimentos vencidos e estragados. (Foto: Reprodução)

Além da corrupção de agentes públicos ligados ao Ministério da Agricultura, a “Operação Carne Fraca” deflagrada nesta sexta-feira (17) também verificou adulterações dos produtos. Segundo as investigações, a Peccin Agro Industrial, por exemplo, “maquiava” os produtos com ácido ascórbico, substância popularmente conhecida como vitamina C, mas que tem potencial cancerígeno quando consumido em excesso.

A ingestão recomendada para um adulto é de 45 mg, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Ainda segundo a OMS, doses excessivas da vitamina C são consideradas tóxicas e podem resultar distúrbios gastrointestinais, cálculos renais, problemas na absorção de ferro, entre outras complicações.

Especialistas explicam que o ácido ascórbico é usado para manter a cor rosada da carne em produtos curados, processados, como salame e presunto. Mas, dependendo da dose, o ácido ascórbico pode ser cancerígeno.

O delegado da Polícia Federal Maurício Moscardi Grillo disse que algumas das empresas investigadas usavam ácido e outros elementos químicos muito acima do permitido por lei para maquiar o aspecto físico de alimento vencidos e estragados.

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