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Funcionária demitida de rede de farmácias gaúcha confirma ser autora de áudio com teor discriminatório

O smartphone utilizado pela funcionária será encaminhado ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para análise e extração de dados. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Em depoimento à PC (Polícia Civil) de Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, a ex-funcionária de uma rede de farmácias confirmou ter enviado a mensagem com teor discriminatório, que viralizou na internet. Ela prestou depoimento nesta quarta-feira (27).

Conforme a PC, a funcionária foi admitida na empresa em 2008, promovida à coordenadora regional em 2020 e tinha sob sua supervisão as lojas de oito municípios: Rolante, Santo Antônio da Patrulha, Osório, Imbé, Tramandaí, Cidreira, Balneário Pinhal e Palmares do Sul. No depoimento, alegou arrependimento, sobrecarga de trabalho e problemas pessoais. Negou ter sido orientada pela empresa no sentido de discriminar candidatos.

A investigação criminal prosseguirá com a inquirição de testemunhas, entre eles quais colaboradores da empresa.

A polícia pretende apurar se algum candidato, em processos seletivos para as lojas de Imbé, teve negado emprego na rede de farmácias em razão de sua orientação sexual, o que configuraria o crime de homofobia, equiparado a racismo, punido com pena de reclusão de dois a cinco anos.

O smartphone utilizado pela funcionária será encaminhado ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) para análise e extração de dados.

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