O fundador do Wikileaks, Julian Assange, foi condenado por um tribunal de Londres a 50 semanas de prisão por violar as regras da liberdade condicional. Ele cumpria condicional após ter sido detido em 2010 na Inglaterra, por ser alvo de uma investigação na Suécia por abuso sexual. Na época, ele foi liberado alguns dias depois mediante pagamento de fiança, mas não conseguiu reverter o processo de extradição e pediu asilo na embaixada do Equador, onde viveu por sete anos.
Assange ficou conhecido por criar o Wikileaks, em 2006, um site dedicado a receber e publicar informações confidenciais, protegendo a identidade de quem vazou as informações. Nas eleições de 2016, o site divulgou e-mails e documentos do partido Democrata que atrapalharam a candidatura de Hillary Clinton, que foi derrotada por Donald Trump. O material foi obtido por militares russos, de acordo com investigadores dos EUA.
Assange e o WikiLeaks foram responsáveis por um enorme vazamento de documentos confidenciais do governo dos EUA em 2010. Neste processo, ele pode pegar até cinco anos de prisão. Quanto ao processo por abuso sexual em 2017, procuradores da Suécia decidiram arquivá-lo pela impossibilidade de ouvi-lo. No entanto, com sua prisão, há a possibilidade de o caso ser reaberto.