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Futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga teve passagem relâmpago pelo Republicanos, do Centrão

Queiroga é o quarto ministro a ocupar o cargo desde o início da pandemia do coronavírus no Brasil. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O futuro ministro da Saúde Marcelo Queiroga teve uma passagem relâmpago pelo Republicanos, um dos principais partidos do chamado “Centrão”, antes de ser indicado para o comando da pasta hoje liderada pelo general Eduardo Pazuello.

A legenda recebeu o pedido de filiação, pelo Estado da Paraíba, em março do ano passado, mês em que a OMS (Organização Mundial da Saúde) caracterizou o  coronavírus como pandemia.

A solicitação foi acatada em 17 de março de 2020, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). No site do TSE, ele ainda consta como membro do partido. Mas em 5 de janeiro deste ano, dois meses antes de ser indicado para o ministério e sem completar dez meses como um associado, seu nome foi retirado do Republicanos “a pedido do eleitor”. As informações foram confirmadas pelo líder do partido na Câmara, Hugo Motta (PB). O deputado disse que o cadastro no site do TSE está desatualizado.

A passagem do futuro ministro pelo partido foi uma surpresa para o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP). O deputado disse que desconhecia a informação e garantiu que não houve influência do Republicanos nessa indicação.

Em meio ao momento mais crítico da pandemia no Brasil, Queiroga ainda não assumiu o Ministério da Saúde porque não se desvinculou das empresas das quais é sócio: Cardiocenter Centro de Diagnóstico e Tratamento das Doenças Cardiológicas e Centro de Cardiologia Não Invasiva da Paraíba, ambas localizadas em João Pessoa (PB). Em uma delas, ele consta como administrador.

Uma lei de 1990 proíbe que servidores públicos sejam sócio-administradores de empresas privadas, informação que pode ser obtida pela Receita Federal.

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