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Galvão Bueno: o que é, o risco e os sintomas da pneumonia, causa da internação do locutor

O locutor esportivo Galvão Bueno foi diagnosticado com pneumonia viral após passar mal em casa. (Foto: Divulgação)

O locutor esportivo Galvão Bueno, de 75 anos, foi diagnosticado com pneumonia viral após passar mal em casa e ser levado ao Hospital Sírio Libanês. O tratamento foi iniciado depois da descoberta, e Bueno está internado.

A pneumonia é uma infecção respiratória que afeta os pulmões, pode ser causada por bactérias, vírus e, em casos raros, por fungos, e acomete principalmente pessoas com doenças pulmonares, idosos com mais de 60 anos e crianças de até 5 anos. A doença não é transmissível e, se não tratada corretamente, pode levar à morte – é a principal causa de óbito por doença infecciosa no mundo.

Quais os sintomas da pneumonia?

As pneumonias bacteriana, viral e fúngica têm sintomas parecidos com a gripe e podem confundir o paciente: Catarro amarelado; Febre alta; Tosse; Falta de ar.

Entretanto, o que difere são dores inflamatórias fortes no pulmão, que levam a dificuldade para respirar, e a permanência dos sintomas por três dias ou mais, mesmo depois de tomar remédio.

No caso de idosos, nem sempre há quadro de febre e, por isso, é recomendado levar ao hospital logo nas primeiras 24 horas de manifestação dos sintomas.

Sintomas da pneumonia bacteriana

Pessoas com pneumonia bacteriana têm uma progressão mais rápida da doença e início abrupto dos sintomas e, geralmente, sem nenhum sintoma respiratório anterior.

Sintomas da pneumonia bacteriana hospitalar

Já em infecção bacteriana hospitalar, há maior risco de morte, devido à baixa imunidade dos pacientes e à agressividade do agente infeccioso.

Sintomas da pneumonia viral

Por outro lado, a pneumonia viral geralmente surge associada a um quadro respiratório pré-existente, como congestão nasal, gripe e a Covid-19.

Sintomas da pneumonia fúngica

Já a pneumonia fúngica, muito rara, tem uma progressão mais lenta, sintomas arrastados e febre baixa.

Como é feito o diagnóstico de pneumonia?

A pneumologista Patricia Canto, da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fiocruz, afirma que a diferenciação é feita a partir do exame clínico e de imagem: “O paciente não consegue saber qual tipo de pneumonia tem, vai precisar de uma avaliação diagnóstica. O que vai guiar o diagnóstico é o quadro clínico, a história da doença, o início dos sintomas, junto à imagem radiológica”.

O que causa a pneumonia?

As causas dependem do agente infeccioso associado. Em caso de pneumonia adquirida na comunidade, a pessoa entra em contato com bactérias comuns do seu cotidiano em casa mas, por alguma deficiência no sistema imunológico, pode desenvolver a doença.

Quem é mais propenso a ter pneumonia?

A infecção é mais recorrente em pacientes com doenças pulmonares, crianças com menos de 5 anos, idosos acima de 60 anos, diabéticos e imunodeprimidos, devido a deficiências no sistema imunológico. Fatores externos, como poluição e agravamento de doenças pré-existentes, também podem facilitar o desenvolvimento da pneumonia.

Quais as formas de tratamento da pneumonia?

Em quadros leves de pneumonias bacterianas, o paciente deve tomar antibiótico por sete dias. Nas fúngicas, devido à progressão mais lenta da doença, pacientes com sintomas leves tomam antifúngico por alguns meses. Entretanto, em qualquer quadro de falta de ar, deve ser internado para acompanhamento médico.

Existe prevenção para a pneumonia?

Sim. Há duas vacinas contra a pneumonia, que integram o Plano Nacional de Imunizações: a Pneumocócica 23 valente e a Pneumocócica 13 valente. Elas são destinadas a pessoas com mais de 60 anos ou com doenças pulmonares. Segundo Amir Szklo, o ideal é tomar primeiro a 13 valente e, seis meses depois, a 23 valente.

Para a prevenção de casos virais, é importante tomar a vacina da gripe que, segundo o Ministério da Saúde, reduz em 45% as internações hospitalares e em 75% o risco de morte pela doença. A vacina contra a Covid-19 também ajuda a reduzir a incidência de pneumonia decorrente do novo coronavírus.

Entre os fatores externos, é recomendado: Evitar exagero no consumo de álcool e tabaco; Realizar a manutenção adequada no aparelho de ar-condicionado; E evitar exposição a mudanças bruscas de temperatura.

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