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“Gases não podem parar um chefe de Estado”, disse Janaína Paschoal sobre Bolsonaro

Janaína Paschoal com Jair Bolsonaro na confirmação da candidatura à Presidência. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A advogada Janaína Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, usou sua conta no Twitter para pedir que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, “retome as rédeas de sua campanha”. A candidata do partido a deputada estadual por São Paulo, que chegou a ser cotada para ser vice na chapa presidencial, afirmou que o capitão reformado do Exército deve ir ao debate se estiver se sentindo bem e que “gases não podem parar um chefe de Estado”.

Janaína apelou para que Bolsonaro considere a possibilidade participar dos debates com os candidatos a presidente. “O povo gosta do Sr, tenho falado com muita gente… o senhor tem o dever de enquadrar todo mundo e tomar as rédeas da campanha! Se estiver em condições de ir ao debate, tem que ir! Gases não podem parar um Chefe de Estado! Que brincadeira é essa?”, disse.

“Eu não passei tudo que passei, para ver um bando de criança mimada, brigando pela atenção do pai, jogar todo meu trabalho no lixo! Pelo amor de Deus, tome as rédeas da campanha, ou vamos entregar o Brasil de bandeja para o PT! Eu avisei lá atrás e reitero agora!”, continuou.

Ela também destacou que José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, “já falou em tomar o poder”, se referindo a uma entrevista de Dirceu ao site El Pais. ” O sr. viu? Não temos tempo a perder! A situação é grave! Precisamos que o sr tome as rédeas da campanha! Reúna sua equipe e faça com que trabalhe como equipe!”, enfatizou a advogada.

Os médicos do Hospital Albert Einstein adiaram a “programação de alta” do candidato do PSL à Presidência para o final de semana. Líder nas pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro apresenta quadro de febre leve e bactéria de baixa virulência, segundo o último boletim médico. As reações são comuns, explicaram médicos especialistas em cirurgia do aparelho digestivo. Com uma boa resposta aos antibióticos, o candidato do PSL poderia retomar atividades, sem fazer grandes esforços, em uma semana – a tempo de uma aparição antes do primeiro turno das eleições.

As declarações de Janaína foram feitas um dia depois de Bolsonaro e seu candidato a vice na chapa, general Mourão, tiveram um desentendimento. Após Mourão declarar durante uma agenda no Rio Grande do Sul que o 13º salário e o abono de férias são “jabuticabas brasileiras”, o presidenciável usou as redes sociais para dizer que não concordava, o que causou mal estar dentro da campanha.

O provável ministro da Fazenda, Paulo Guedes, em eventual governo de Jair Bolsonaro, andou provocando saia justa para o candidato ao propor a volta a CPMF. Da mesma forma, o candidato a vice na chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, também anda dado declarações que causaram constrangimento à campanha do companheiro de chapa. Nesta sexta-feira, Mourão “se penitenciou” afirmando que daqui para frente iria fazer “silêncio obsequioso”.

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