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Generais cometeram erro tático com Bolsonaro?

A dúvida é se Jair Bolsonaro ficou isolado. (Foto: EBC)

A coluna política do Estadão avalia no final de semana que especialistas em definir estratégias, os
principais generais da reserva que atuam no jogo eleitoral, estão sendo cobrados pelos apoiadores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Estes especialistas estariam apontando um erro tático dos generais, o que deixou Bolsonaro “na mão” no momento em que mais precisava. Essa análise prosperou, depois que Bolsonaro buscou os generais Augusto Heleno ( PRP) e Hamilton Mourão (PRTB), mas seus partidos recusaram a aliança. O erro tático foi os dois generais, que desejavam participar da chapa, não terem se filiado ainda em março ao PL, mesmo partido de Bolsonaro.

Analista diz que não houve erro

O filósofo Denis Rosenfield, hoje considerado o mais atento analista do sentimento dominante nas
Forças Armadas, disse no final de semana ao colunista que não vê essa circunstância – o impedimento dos generais em integrarem a chapa majoritária de Bolsonaro diante da recusa dos seus partidos – como um erro tático. Rosenfield comenta de forma enfática que “Não existe erro. Notícia inventada”.

Sociedade clama pela volta dos militares ao poder

Em recente artigo publicado no Estadão, Rosenfield disse que “nas últimas décadas os militares têm tido um comportamento exemplar, defendendo a democracia e a Constituição. Passaram por momentos muito delicados, sendo objeto de acusações as mais diversas, com a ameaça de revisão da Lei da Anistia pairando sobre eles. Souberam resistir no estrito respeito às normas constitucionais, enquanto seus opositores pretendiam jogá-las pelos ares. Agora, todo um setor importante da sociedade brasileira
clama para que voltem ao poder, por intermédio da candidatura Bolsonaro. Ele não representa apenas a si mesmo, mas responde a um apelo social, podendo contar com o apoio dos militares, embora as Forças Armadas permaneçam, enquanto instituição estatal, neutras e equidistantes em relação ao processo eleitoral.”

A bolha vai explodir?

Nessa análise, Rosenfield conclui que “Se há uma bolha, diria crescente, é a
de uma sociedade que deseja mudanças. E ela, sim, pode explodir!”

O que vale é a sobrevivência?

Esta eleição demostra que, acima da ideologia, persiste o instinto de sobrevivência. Um exemplo disso é o PROS, que no Rio Grande do Sul formalizou apoio a uma chapa composta pelo PP e DEM,e que apóia Jair Bolsonaro para a Presidência da República. Já em Pernambuco, o PROS vai formalizar o apoio à candidatura da vereadora do Recife Marília Arraes (PT) ao governo de Pernambuco para as eleições 2018.

PR e PRB na espera

PR e PRB haviam definido juntos o apoio à reeleição do governador José Ivo Sartori. No meio do caminho, o PRB abriu uma conversa com o PSDB de Eduardo Leite. Mas o MDB e Sartori ainda não perderam a esperança de ter ambos, PR e PRB, juntos no atual governo e ainda, na campanha eleitoral.

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