As autoridades da Geórgia informaram nesta sexta-feira (6) que procederão a uma recontagem dos votos das eleições americanas neste Estado, onde o candidato democrata Joe Biden aparece à frente do presidente e candidato à reeleição, Donald Trump, por uma pequena margem.
A legislação estadual da Geórgia prevê que, caso a diferença entre os candidatos seja menor do que 0,5 ponto percentual, é possível pedir a recontagem.
“Com uma margem tão pequena, haverá uma recontagem na Geórgia”, disse Brad Raffensperger, secretário de Estado e conselheiro interno encarregado do processo.
O vencedor na Geórgia conquistará os 16 votos que o estado tem no Colégio Eleitoral, que determina o vencedor da eleição. Segundo projeções de jornais como o The New York Times, Biden tem 253 votos contra 214 de Trump no Colégio Eleitoral. Para vencer, são necessários 270 votos.
Levantamento das 17h10 (de Brasília) mostra que Joe Biden tem 1.585 votos de vantagem sobre o presidente Donald Trump no estado, com 99% dos votos apurados, conforme explicado pelo gerente de votação local, Gabriel Sterling.
Segundo uma autoridade eleitoral do estado, faltam 4.169 cédulas para concluir a apuração na Geórgia, um dos últimos Estados ainda indefinidos na disputa presidencial.
Os funcionários eleitorais locais na Geórgia também podem realizar recontagens em seus condados se acharem que há uma discrepância nos resultados.
“A contagem final na Geórgia neste momento tem enormes implicações para todo o país. As apostas e as emoções são altas de todos os lados. Não vamos deixar que esses debates nos desviem do nosso trabalho. Vamos acertar e defender a integridade de nossas eleições”, diz Brad Raffensperger.
Votos de militares
Trump aproveitou o contexto da recontagem para cobrar também supostos votos de militares que, segundo ele, não teriam sido contados. O presidente, que tenta a reeleição, lembrou o caso de 8.900 cédulas que foram enviadas para militares que moram fora dos Estados Unidos e acabaram não voltando.
Além da Geórgia, Biden assumiu a liderança na Pensilvânia na manhã de hoje. O estado garante 20 delegados no Colégio Eleitoral, o que seria suficiente para a vitória de Biden, segundo projeções da imprensa.
Além da Geórgia e da Pensilvânia, há ainda outros estados com o resultado em aberto.
Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, as agências de notícias e veículos de comunicação como AFP, AP e Fox fazem extrapolações estatísticas e apontam os vencedores por estado. A AFP chegou a considerar definida a apuração do Arizona — e Joe Biden somava mais 11 votos até a manhã de quinta-feira (5). A contagem de votos continua no estado.