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Gisele Bündchen lança livro que celebra seus 20 anos de carreira

Top gaúcha se diz muito intuitiva e afirma que dinheiro não é sua motivação. (Crédito: Reprodução)

Em abril passado, sob o mote “the best is yet to come” – “o melhor ainda está por vir” –, Gisele Bündchen anunciou que deixaria as passarelas. Seis meses depois, a top volta ao Brasil para lançar um livro, pela editora Taschen, com mais de 300 fotografias de sua carreira, com curadoria e direção de arte de Giovanni Bianco.

Confira a seguir uma entrevista com a modelo gaúcha, que, de antemão, avisou que não falaria sobre família ou o marido, o jogador e astro do futebol americano Tom Brady.

Algum dia você achou que seria a top número 1 do mundo?

Gisele Bündchen – Nunca imaginei que chegaria onde estou hoje. Trabalhei intensamente, queria ser a melhor que eu pudesse ser e dei 100% em tudo que fiz. Também escolhi focar no lado positivo de qualquer situação.

O que significa ganhar dinheiro para você?

Gisele – Para mim o dinheiro traz alguns confortos. Mas de forma alguma é minha motivação.

Como administra sua carreira?

Gisele – Sempre fui muito intuitiva e, em muitos momentos em que tive que tomar decisões importantes, me deixei guiar pelo coração. Tenho o privilégio de trabalhar com minhas irmãs, acho que formamos um supertime, e com outras pessoas de extrema confiança que estão comigo há anos.

Morando fora por anos, como você vê a situação do Brasil hoje?

Gisele – É triste ver que o País está passando por tantos desafios. Falta saúde, segurança, educação… Infelizmente, também há muita corrupção e é preciso rever muitas coisas. Mas, muitas vezes, nestes momentos de dificuldade é que acontecem as mudanças necessárias.

Algum estereótipo da mulher brasileira a incomodou na sua carreira internacional?

Gisele – Sempre fui muito profissional no trabalho e nunca abri espaço para qualquer comentário ou desmerecimento em relação à mulher brasileira. Pelo contrário, houve até um momento forte das modelos brasileiras no mercado da moda cujo apelo era de um visual saudável.

O que veremos no seu livro?

Gisele – Facetas de diversos personagens, lados diferentes meus, minhas diversas cores. Quis fazer algo que mostrasse um pouco de tudo o que vivi neste meio, dos papéis que interpretei, de uma forma alegre e com muita personalidade. Tentamos reunir materiais dos mais importantes fotógrafos e artistas do mundo com os quais trabalhei e o resultado foi um livro artístico bem diversificado. Mostra a Gisele glamourosa, sensual, supermaquiada e, também, a Gisele despojada, mais natural, moleca, bem jovem, cara lavada… Apesar de ser um livro de imagens, mostra um pouco desta jornada dos meus últimos 20 anos de carreira.

Você se considera feminista?

Gisele – Acredito na igualdade de direitos, não só entre mulher e homem, mas de classes, religião, cor da pele, opção sexual. Somos todos seres humanos, estamos todos conectados com este universo e merecemos ser tratados com respeito e amor.

O que acredita ser o maior desafio para as mulheres?

Gisele – Para mim foi conseguir achar equilíbrio na minha vida depois de ser mãe. Conciliar filhos, marido, trabalho e ainda ter tempo para cuidar de mim. Esse é um desafio diário e para conseguir dar conta é preciso planejamento, organização e dedicação.

Que mulher que você considera um exemplo e por quê?

Gisele – Minha mãe é um exemplo de mulher batalhadora. Ela sempre trabalhou fora e conseguiu criar seis filhas com dignidade. (Sonia Racy/AE)

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