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Golpe no WhatsApp atinge milhares de pessoas oferecendo cupom falso de fast food

A decisão judicial que envolve os lanches da rede de fast food ocorreu em Goiás. (Foto: Reprodução/Twitter)

As fabricantes de antivírus Eset e Psafe estão alertando para um novo golpe no WhatsApp que incentiva os usuários (e, portanto, vítimas que recebem o golpe) a compartilhar uma suposta promoção da rede de fast food Burger King. Para ter direito ao desconto prometido, a vítima encaminhar o link para 30 amigos ou grupo.

A tática de disseminação do golpe é idêntica a outras fraudes que já circularam no WhatsApp. Segundo o DFNDR Lab, o laboratório de cibercrime da Psafe, 350 mil usuários já teriam recebido o link.

A Eset informou que acessos via computar (feitos pelo WhatsApp Web, por exemplo) são redirecionados para uma extensão do navegador Google Chrome que promete mudar a cor do Facebook.  Pelo menos 26 mil acessos foram redirecionados (mas a extensão divulgada tem menos de 100 instalações).

Diferente de outros golpes no WhatsApp, que tentam fazer com que a vítima assine um serviço de SMS pago (premium) ou instale aplicativos para render dinheiro aos golpistas, a página da promoção traz anúncios publicitários para que os acessos já gerem lucro aos criminosos.

De acordo com a Psafe, o Burger King “reforçou que a promoção é falsa e esclareceu que a companhia somente divulga suas faz promoções por meio de seus canais oficiais do aplicativo, carrossel do Facebook e cupons físicos”.

14º salário

Em outubro outro golpe que circulou no WhatsApp prometia informar aos internautas se eles estariam aptos a receber um “14º salário” oferecido pelo governo federal a quem fizesse aniversário entre os meses de janeiro e junho. Aqueles que caem no golpe ficam com o celular fragilizado e poderá acabar cadastrado em serviços de SMS Premium, que aumentam a conta do telefone ou utilizam créditos pré-pagos. Segundo a PSafe, o golpe chegou a 350 mil pessoas em apenas três dias.

Ao receber esse tipo de golpe, a vítima recebe a informação de que deve clicar em um link, responder perguntas — as respostas dadas não influenciam em nada — e, nesse caso, encaminhar a mensagem para dez amigos ou grupos do WhatsApp antes de ter a informação desejada. É assim que o golpe acaba sendo disseminado, pelas próprias vítimas, entre os usuários do WhatsApp.

O funcionamento do golpe é bastante parecido com outros que já circularam pelo WhatsApp. Um diferencial apontado pela PSafe é que, enquanto a vítima vai seguindo as instruções, ela também deve permitir o envio de notificações. “Isso permite que o hacker consiga envolvê-lo em outros golpes no futuro, sem precisar enviar links”, explicou a empresa.

Para evitar receber as notificações maliciosas, é preciso acessar as configurações do navegador do celular (Chrome). De lá, é preciso acessar o item “Configurações de site” e em seguida “Notificações”. Na dúvida, é recomendado eliminar todas as notificações que estejam como permitidas.

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