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Governador de Minas Gerais Romeu Zema diz que a candidatura de Tarcísio para presidente “não faz sentido”

Tarcísio afirmou que tem considerado buscar a reeleição no cargo de governador. (Foto: Reprodução)

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou que não faria sentido se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deixasse de concorrer a reeleição no cargo e arriscasse a candidatura à Presidência da República.

Recentemente, Tarcísio afirmou que tem considerado buscar a reeleição no cargo de governador e que não pretende deixar a cadeira para buscar a Presidência na eleição de 2026.

Zema afirmou nesta semana em coletiva de imprensa em Belo Horizonte, que Tarcísio já tem voto para ganhar a eleição para ser governador novamente, e tem menos chances para vencer a eleição para presidência. Na quarta-feira (1º), Zema esteve em SP e se reuniu com Tarcísio em uma reunião fechada.

“Eu e o governador Tarcísio, além de colegas governadores, nos transformamos em amigos, temos uma visão muito semelhante, que é uma gestão pública séria com gente competente, projetos que tragam benefícios para a população e não distribuição de favores como infelizmente ocorre no Brasil, muitas vezes”, disse Zema.

“Estive com ele na semana passada, num jantar e estive com ele ontem no Palácio dos Bandeirantes. E nós estamos sempre atualizando aquilo que está acontecendo em Minas, aquilo que está acontecendo em São Paulo, a posição dele hoje faz todo sentido, que é disputar a reeleição como governador de São Paulo. Se a reeleição fosse hoje, ele teria 80% de chances, na minha opinião, de ser reeleito. E ele deixar essa reeleição garantida pra disputar uma outra onde a chance talvez seja a metade, não faz nenhum sentido. Mas nós temos conversado, e fica cada vez mais claro que a direita terá vários candidatos no ano que vem na eleição presidencial, inclusive já me lancei como pré-candidato. Mas todos estarão unidos no segundo turno, e isso tá muito claro”, afirmou.

Em 16 de agosto deste ano, o governador Romeu Zema se lançou pré-candidato à presidência da república, se somando a algumas candidaturas de direita que eram ventiladas naquela ocasião, como Tarcísio de Freitas, e Ronaldo Caiado (UNIÃO), governador de Goiás e também lançado como pré-candidato ao planalto.

Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sugeriu a aliados políticos que a ex-primeira-dama Michelle seja vice em uma chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao Palácio do Planalto, em 2026. Dias depois, no entanto, Bolsonaro afirmou ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que Michelle será candidata ao Senado.

O vaivém do ex-presidente tem deixado seus interlocutores atônitos. De acordo com relatos de parlamentares que estiveram com Bolsonaro, ele chegou a dizer, ainda no mês passado, que nenhum anúncio de candidatura à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ser feito antes de fevereiro do ano que vem.

É com este prazo que o próprio Tarcísio trabalha, sob o argumento de que ainda precisa fazer “entregas” importantes em São Paulo, principalmente na área de segurança pública. Além disso, antes de bater o martelo, Bolsonaro e Tarcísio – que se reuniram na segunda-feira passada, em Brasília – vão observar o cenário eleitoral.

Na prática, o governador só deixará uma reeleição considerada praticamente certa em São Paulo se Lula não tiver condições de conquistar o quarto mandato.

Até agora, Bolsonaro está inclinado a apoiar a candidatura do governador à Presidência. Avalia, no entanto, que é fundamental ter alguém com o seu sobrenome ao lado de Tarcísio para que a chapa seja competitiva.

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão – por tentativa de golpe e outros crimes –, o ex-presidente tem dito que, se o governador for mesmo o desafiante de Lula, terá de trocar o Republicanos pelo PL e percorrer o País acompanhado de “um Bolsonaro”.

Foi nesse contexto que ele citou Michelle, em conversa com amigos. Evangélica, a primeira-dama tem aparecido bem posicionada nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência.

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