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Política Governadores do Rio Grande do Sul e de São Paulo, Eduardo Leite e João Doria buscam apoio de Arthur Virgílio nas prévias do PSDB

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O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio disputa as prévias no PSDB com João Doria e Eduardo Leite. (Foto: Mário Oliveira/ Divulgação)

Candidato das prévias presidenciais do PSDB, o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio tem sido cortejado pelos grupos dos seus adversários na disputa, os governadores João Doria e Eduardo Leite. Nos últimos dias, Virgílio intensificou as viagens para falar com a militância tucana por todo o País e marcou encontros justamente em São Paulo e Porto Alegre.

Além de reuniões com os filiados, Virgílio tem reservado espaço na agenda para conversas reservadas com seus oponentes, o que faz levantar suposições sobre uma eventual declaração de apoio. O político amazonense, no entanto, garante que pretende seguir na campanha até o fim e já planeja viagens para outras capitais do país, como Florianópolis, Curitiba e Rio de Janeiro.

“Não abro mão da candidatura e de participar dos debates. Mais do que colaborar com o partido, eu quero lutar para ganhar as prévias”, disse o ex-prefeito.

Na semana passada, ele foi recebido por Doria para um almoço e, dois dias depois, esteve com filiados num evento do diretório paulista, organizado por aliados do governador do Estado. Na semana que vem, é esperado para um almoço com Leite na capital gaúcha. Depois, pretende apresentar suas propostas aos tucanos de Porto Alegre.

Embora aliados dos dois candidatos esperem uma declaração de apoio, isso não deve ocorrer tão cedo. A apoiadores, Virgílio chega a dizer que avalia a possibilidade de se manter neutro para evitar se indispor com os dois grupos, já que reconhece que suas chances no processo interno são pequenas. Para tucanos experientes, o papel de Virgílio nas prévias é de qualificar o debate e evitar que a disputa provoque mais divisões no partido e fique marcada por ataques mútuos entre os grupos de Doria e Leite.

Virgílio afirma que pretende usar o palanque dos debates para colocar em discussão temas que avalia como prioritários para qualquer candidato do PSDB: a defesa da biodiversidade da Amazônia, a volta à adoção do tripé macroeconômico e o incentivo à participação de mulheres na política e o respeito a pautas LGBTQIA+.

Em entrevista ao jornal O Globo, no mês passado, Virgílio já disse que historicamente sempre votou com seu amigo, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que desistiu das prévias para apoiar o gaúcho. Segundo tucanos, pesaram na decisão de Tasso a relação estremecida dele com Doria e sua preocupação com a saúde.

Em conversas reservadas, no entanto, o amazonense demonstra certa simpatia por Doria, a quem recebeu em Manaus em 11 de setembro. A pessoas próximas, costuma elogiar a gestão do governo paulista e a escolha de seus quadros, como o ex-ministro Henrique Meirelles, que virou secretário da Fazenda. Também acredita que Doria tem um ativo político que, avalia, o credencia nacionalmente: a CoronaVac.

Debate

Internamente, porém, representantes dos dois candidatos às prévias se envolveram em atrito sobre a quantidade de debates antes da votação interna. Virgílio defendia cinco ou mais eventos. A equipe de Doria, por outro lado, queria reduzir o número de encontros – o primeiro deles, com quatro blocos de perguntas e respostas, será nesta terça-feira, às 11h, promovido pelo jornal O Globo e “Valor Econômico”, com transmissão ao vivo nos sites dos dois jornais, no Facebook e YouTube do jornal O Globo, e nas páginas do Facebook, Linkedin e YouTube do Valor, além de cobertura online em tempo real.

Além disso, Doria e Virgílio têm um desafeto em comum: o ex-governador Geraldo Alckmin, que deve deixar o PSDB para concorrer ao governo de São Paulo por outro partido, mas cujos aliados estão empenhados na campanha de Leite.

Virgílio costuma reclamar da forma como Alckmin conduziu sua campanha para a Presidência da República em 2018. Há quatro anos, o amazonense também declarou que queria disputar prévias, chegou-se a discutir um calendário de debates, mas a campanha não avançou. Virgílio defendia que Alckmin se afastasse da presidência do partido para que pudessem concorrer em situação de paridade de armas, o que não aconteceu.

Embora esteja mais próximo de Doria, o apoio a um paulista poderia não ser bem recebido no Amazonas, onde o PSDB sofre rejeição por supostamente defender os interesses de São Paulo na guerra fiscal que envolve a Zona Franca de Manaus. A importância do polo industrial manauara e a preservação da Floresta Amazônica são algumas das bandeiras que Virgílio pretende levar para os debates.

Quanto a Leite, ainda que destaque como positivo o ajuste de contas do governo gaúcho após anos de insolvência financeira, o ex-prefeito o vê como muito jovem para uma disputa nacional – Leite tem 36 anos. As informações são do jornal O Globo.

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