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Governo abre sindicância para investigar conduta do ex-advogado-geral da União

Ex-ministro José Eduardo Cardozo terá de prestar depoimento e poderá até ser alvo de ação por improbidade administrativa. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Principal defensor da presidenta Dilma Rousseff no processo de impeachment, o ex-ministro José Eduardo Cardozo é formalmente investigado pelo governo Temer. O novo advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, determinou a abertura de uma sindicância para apurar os atos do seu antecessor no cargo.

O argumento é o fato de Cardozo ter sustentado formalmente perante o Congresso Nacional e o Judiciário a tese de que a presidenta estava sendo alvo de um golpe de Estado. Como a Advocacia-Geral da União tem entre as suas atribuições representar os interesses do Legislativo e do próprio Judiciário, na avaliação de Medina Osório, Cardozo jamais poderia ter usado o cargo para atentar contra a imagem dos poderes constituídos, acusando-os de participarem de uma conspirata. “A defesa de Cardozo foi criminosa. Esse discurso jamais poderia ter sido feito por um advogado da União. Ele acabou com a dignidade do órgão e cometeu crime de responsabilidade ao forjar o discurso do golpe”, justificou o novo advogado-geral da União.

Cardozo, que ainda atua como advogado de Dilma no processo que tramita no Senado, terá de prestar depoimento e poderá até ser alvo de ação por improbidade administrativa, ficando proibido de voltar a exercer cargos públicos. (Veja)

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