O governo brasileiro apresentou nessa sexta-feira (27) ao Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) a defesa do País contra a petição apresentada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em julho do ano passado, em que ele alega ser vítima de violação de direitos humanos em razão das ações da Operação Lava-Jato. Entretanto, o teor da defesa, entregue em Genebra (Suíça), sede da ONU, não foi divulgado oficialmente.
Na petição, Lula se diz perseguido pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava-Jato na primeira instância, a quem acusa de abuso de poder. A defesa do ex-presidente reclamou ainda do que considera “atos ilegais” praticados por Moro, entre eles a gravação e divulgação de conversas privadas de Lula com advogados e também com a então presidenta afastada Dilma Rousseff, além da condução coercitiva para um depoimento no dia 4 de março do ano passado.
À época, o documento foi protocolado na sede do Comitê, em Genebra. Com a entrega das alegações do governo brasileiro, o Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU fará a análise dos documentos e deve se manifestar nos próximos meses.
