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Governo da Venezuela assume venda de remédios e nega fuga de médicos

País tem sofrido com falta de produtos. (Foto: Carlos Becerra/Anadolu Agency)

O ministro da Saúde da Venezuela, Henry Ventura, confirmou que o governo assumirá a venda de remédios e desmentiu o presidente da Federação Médica, Douglas León Natera, sobre a fuga de 13 mil médicos do país. O Siamed (Sistema Integral para o Acesso aos Remédios) acabará com a escassez porque permitirá criar cotas para os importadores do setor e controlar a quantidade de medicamentos vendidos individualmente em cada farmácia, disse.

“Aumentaram as vendas e os lucros, mas diminuiu a produção. É isso que temos que corrigir com o Siamed, controlando os laboratórios”, declarou o ministro à emissora Televe, acusando que os remédios com preços subsidiados e tabelados pelo governo sumiram das prateleiras.

O governo do presidente Nicolás Maduro vende divisas ao preço subsidiado de 6,3 bolívares por dólar ao setor de saúde, desde que eles vendam seus produtos em valor reduzido. A medida gerou escassez, contrabando e outros crimes, o mesmo que ocorreu com alimentos de consumo básico. O dólar é comercializado oficialmente a 12 bolívares. Para outros casos, a uma terceira taxa, para “urgências”, em quase 200 bolívares. No mercado paralelo, o câmbio chegou nos últimos dias a 300 bolívares por dólar.

Estudo
Ao desmentir o presidente da Federação Médica da Venezuela sobre uma suposta fuga de profissionais, o ministro garantiu que só 320 deixaram o país em seis anos. A maior parte deles teria ido estudar no exterior, voltando na sequência.

“Tudo que ele diz não tem credibilidade. Para poder exercer medicina fora do país o profissional deve passar pelos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores”, acrescentou o representante do governo, destacando que os órgãos governamentais não registraram o movimento denunciado pelo sindicato.

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