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Governo dos EUA admite haver conteúdo confidencial em mais de 150 e-mails pessoais de Hillary

Ex-secretária de Estado norte-americana. (Foto: Reprodução)

O escândalo da ex-secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton envolvendo o uso de seu servidor pessoal de e-mail como correspondência enquanto chefe da política externa dos Estados Unidos, ganhou um novo episódio. Com mais sete mil mensagens liberadas pelo Departamento de Estado, o órgão admitiu que cerca de 150 deles acabaram censurados por conter informações confidenciais.

Hillary sempre negou que transmitisse conteúdos “top secret” na conta pessoal, vulnerável a invasões, e foi desmentida por investigadores. “Temos cerca de 150 novos e-mails com material re-redigido. Quando refizemos a classificação dos e-mails como confidenciais, não necessariamente dissemos se os conteúdos eram secretos à época que foram transmitidos pela então secretária”, de acordo informações do porta-voz Mark Toner.

Investigadores do governo haviam achado em julho quatro e-mails dela contendo informações confidenciais, segundo uma carta oficial dirigida ao Congresso. Duas correspondências achadas recentemente eram classificadas pelo Departamento de Estado como “top secret”, por conter materiais de confidencialidade estrita – que poderiam conter dados apurados pela a agência de inteligência norte-americana ou a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, conforme o líder republicano do Comitê Judiciário do Senado, Chuck Grassley.

Hillary e seus então assessores estarão sujeitos a um inquérito penal, não apenas administrativo. A ex-secretária de Estado já admitiu que agiu incorretamente ao usar o e-mail pessoal. O Departamento de Estado fez uma investigação preliminar dos milhares de e-mails de Hillary enquanto secretária de Estado, e obedece um cronograma de publicações das mensagens como parte da Lei de Liberdade de Informação.

Revisão

Ao total, 55 mil páginas de correspondências estão sendo revistas para eliminar informações mais sigilosas, como prática de rotina. Nas três mil páginas que já foram revisadas, o departamento admitiu que houve vários e-mails re-redigidos com detalhes para evitar o comprometimento ao compartilhar informações sensíveis.

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