O governo federal reduziu de quatro para dois anos o prazo de pagamento de reajuste salarial para 1,3 milhão de servidores públicos federais. É a contraproposta final diante da recusa dos servidores em assinar os 21,3% em quatro anos, o que deixaria o funcionalismo com negociação travada até 2019. Foram mantidos os índices de 2016 e 2017, em um total de 10,8%. No próximo ano o funcionalismo terá reajuste de 5,5% e em 2017, de 5%. Chega a 10,8%, pois a segunda parcela do aumento incidirá sobre o valor do salário reajustado. As principais centrais sindicais já sinalizaram positivamente com este novo formato.
O Ministério do Planejamento pretende assinar os primeiros acordos a partir da semana que vem. Uma nova reunião está marcada para terça-feira para discutir outros temas além do reajuste salarial.
O secretário-geral da Condsef (Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal), Sérgio Ronaldo da Silva disse que a proposta avançou porque o governo cedeu em reduzir de quatro para dois anos o prazo de parcelamento do reajuste. “Às vezes, é necessário dar um passo atrás para dar dois à frente.”
Em nota, o Ministério da Previdência informou que o governo atendeu a reivindicações históricas dos servidores do INSS, pois contempla a incorporação da média da gratificação de desempenho aos proventos da aposentadoria em três parcelas iguais, a partir de 2017. O limite da gratificação vai passar de 30 para 70 anos. novo acordo manteve o reajuste do auxílio-alimentação de 373 reais para 458 reais.
Nesta terça-feira, os servidores do INSS fazem assembleia para analisar as propostas apresentadas pelo governo. A greve da categoria ocorre em 26 Estados. A paralisação atingiu mais de mil agências. (Folhapress)
Governo federal cede a servidores e oferece aumento de 10,8% em dois anos

Servidores do INSS fazem assembleia nesta terça-feira para analisar as propostas apresentadas pelo governo. (Foto: Jackson Ciceri/ o Sul)