O governo federal já estava preparado para uma queda do PIB (Produto Interno Bruto), mas ficou alarmado com a retração sem precedentes, que derrubou a taxa de investimento, sinalizando que a recuperação da economia vai demorar mais do que o esperado. A avaliação interna do Planalto é de que o Executivo precisa “urgentemente” recuperar a confiança de empresários e consumidores na economia para que o investimento volte a crescer no País.
Sem essa recuperação, dizem assessores presidenciais, o clima político não vai melhorar nos próximos meses. Isso torna a presidenta Dilma Rousseff refém de seus aliados e alvo constante das ações da oposição em sua estratégia de tentar forçar a abertura de um processo de impeachment.
Auxiliares presidenciais disseram que o governo tem tomado as medidas necessárias para reduzir a inflação, reequilibrar as contas públicas e tentar fazer o investimento crescer, mas não conseguiu o mais importante para que essas políticas tenham o efeito desejado: recuperar a confiança dos agentes econômicos no País.
O senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, afirmou que a queda do PIB “traduz o desastre econômico em curso no Brasil”. Para o tucano, “o pior ainda está por vir”. (Folhapress)