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Governo já discute abandonar rolagem de precatórios para novo programa social

O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (28), após reunião entre o presidente, ministros e lideranças do Congresso. (Foto: Carolina Antunes/PR)

A repercussão das medidas para financiar o novo programa social do governo, batizado de Renda Cidadã, foi tão ruim no mercado financeiro e no mundo político que assessores próximos do presidente Jair Bolsonaro começaram a defender uma mudança no programa.

O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (28), após reunião entre o presidente, ministros e lideranças do Congresso. Pouco depois, o dólar chegou a R$ 5,63, mesmo com a atuação do Banco Central. O Risco Brasil subiu 70 pontos-base ao longo da tarde. Até mesmo a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) divulgou nota afirmando que postergar o pagamento de precatórios é inconstitucional.

No governo e no Congresso, a equipe econômica foi confrontada com duas opções: ou os recursos vinham da rolagem dos precatórios, ou a PEC (proposta de emenda à Constituição) iria colocar os R$ 70 bilhões do novo programa fora do teto de gastos.

O time econômico propôs alternativas: desvincular e desindexar o salário mínimo, acabar com o seguro-defeso e com o abono salarial, por exemplo. As ideias foram rejeitadas por serem impopulares e não passarem no parlamento.

Segundo o próprio senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC Emergencial onde será incluído o Renda Cidadã, não havia outra opção. Mesmo o ministro Paulo Guedes, diz ele, concordou com a alternativa escolhida. Bittar planejava apresentar o novo texto da PEC até esta quarta-feira (30), mas agora poderá atrasar o texto para angariar apoio e buscar outras fontes de recursos.

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