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Governo lança o programa habitacional Casa Verde e Amarela para atender 1,6 milhão de famílias até 2024

Modalidade de financiamento visa reduzir ou zerar pagamento do valor da entrada de um imóvel para famílias com renda mensal de até R$ 4 mil. (Foto: Divulgação)

O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta terça-feira (25), a MP (medida provisória) que cria o novo programa de habitação do governo federal, batizado de Casa Verde e Amarela.

Lançado em cerimônia no Palácio do Planalto, o programa tem a meta de atender 1,6 milhão de famílias de baixa renda com o financiamento habitacional até 2024. Segundo o governo, o programa também prevê ações voltadas à regularização fundiária, reforma de imóveis e retomada de obras.

O Casa Verde e Amarela foi concebido para substituir o Minha Casa, Minha Vida, criado em 2009 no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o objetivo de reduzir o déficit habitacional no País.

Com os seguidos déficits nas contas públicas e orçamento mais restrito a cada ano, o Minha Casa, Minha Vida passou a conviver com atrasos de repasses e obras atrasadas.

O Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pelo novo programa, informou que as regiões Norte e Nordeste serão contempladas com a redução nas taxas de juros em até 0,5% para famílias com renda mensal de até R$ 2 mil e 0,25% para quem ganha entre R$ 2 mil e R$ 2,6 mil por mês. Os juros, nessas regiões, poderão chegar a 4,25% ao ano para cotistas do FGTS e, nas demais regiões, a 4,5%.

Segundo a pasta, no Norte e Nordeste, famílias com rendimento de até R$ 2,6 mil ao mês serão beneficiadas, enquanto o valor será de R$ 2 mil nas demais regiões.

A previsão do governo é oferecer, até o fim deste ano, mais R$ 25 bilhões do FGTS e R$ 500 milhões do FDS (Fundo de Desenvolvimento Social) para o programa, com a geração de 2,3 milhões de novos postos de trabalhos até 2024, entre diretos, indiretos e induzidos.

Regularização fundiária, reformas e obras paradas

O Casa Verde e Amarela também reúne ações de regularização fundiária e de melhoria de residências, entre as quais, falta de banheiro. O governo tem a meta de regularizar 2 milhões de moradias e de realizar reformas em 400 mil até 2024.

No caso da regularização, o governo informou que o programa contemplará áreas ocupadas, “majoritariamente”, por famílias com renda de até R$ 5 mil mensais que vivam em núcleos urbanos informais. Não poderão ser beneficiadas casas em áreas não passíveis de regularização ou de risco.

Já as melhorias nas residências contemplam reformas e ampliação dos imóveis, como: construção de quarto extra, banheiro, telhado, instalações elétricas ou hidráulicas, colocação de piso e acabamentos em geral. Também poderão ser instalados equipamentos de aquecimento solar ou eficiência energética.

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