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Governo tenta amarrar parte dos partidos do Centrão em votações no Congresso, após derrubada de Medida Provisória

Gleisi vem repetindo aos líderes de que não dá para os deputados votarem contra o governo e terem cargos no mesmo governo.(Foto: Reprodução/Canal Gov)

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e representantes do União Brasil e do Republicanos para tratar da redistribuição de cargos no governo. A recomposição dos postos vem sendo feita dentro do critério de lealdade ao governo nas votações da Câmara. As próximas reuniões programadas devem ser com lideranças do MDB, PSD e Podemos.

Após a derrota da Medida Provisória alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o Palácio do Planalto promoveu uma série de mudanças em cargos indicados por deputados que votaram contra a MP. O governo demitiu dezenas de indicados de deputados que votaram para derrubar a MP. A ideia é que agora eles sejam preenchidos após um diálogo do governo com Motta e os líderes partidários.

Os cargos em discussão são de direção em ministérios e estatais, mas não houve ainda uma definição direta de nomes nessas conversas, mas o estabelecimento do acordo. Na quarta-feira, Gleisi e Hugo Motta fizeram esse mesmo modelo de encontro com o PP. A ideia é que mais partidos sejam ouvidos para fechar um acordo sobre a reorganização da base e das indicações.

Gleisi vem repetindo aos líderes de que não dá para os deputados votarem contra o governo e terem cargos no mesmo governo. O governo também busca amarrar um compromisso das legendas para que o orçamento seja aprovado ainda neste ano e que outras iniciativas de interesse do governo, como os projetos que deverão ser enviados para cumprir a meta fiscal e MP do Gás Povo, também passem. Os encontros tem ocorrido na residência oficial do presidente da Câmara.

Servidores pedem reajuste de 35% no auxílio e rejeitam oferta do governo

Servidores pedem reajuste de 35% sobre o valor atual de R$ 1 mil, o que representaria R$ 350 a mais no benefício. O aumento seria pago em duas parcelas de R$ 175, uma em dezembro deste ano e a outra, em abril de 2026.

Valor é o dobro do sugerido pelo MGI (Ministério da Gestão e Inovação), que propôs 17,5% de reajuste. Pela proposta do governo federal, o benefício passaria a ser de R% 1.175 mensais. A sugestão foi apresentada pela pasta, em reunião na quarta com a Mesa Nacional de Negociação Permanente, que reúne entidades representativas do funcionalismo público.

Servidores também querem reajustes em outros benefícios. Na contraproposta enviada ao governo, as categorias pediram aumento de 20% no auxílio-creche e 30% em assistência em saúde, ambos a serem pagos a partir de abril do ano que vem, além de reajuste nas diárias pagas aos trabalhadores durante viagens.

Presidente de fórum que representa as carreiras de Estado disse que a contraproposta é “bastante razoável”. “Testa a disposição do governo em realmente negociar”, afirmou Rudinei Marques, do Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).

Governo destaca que proposta do governo traria reajuste acumulado de 156,55% desde 2023 no auxílio-alimentação. “Quando o atual governo assumiu, em 2023, o auxílio-alimentação estava congelado havia seis anos”, diz nota publicada pelo MGI. Com informações dos portais O Globo e Uol.

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