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Governo tenta suavizar crise após Levy ameaçar deixar comando da Fazenda

Joaquim Levy (Foto: Gustavo Lima/Agência Câmara)

Um dia depois de nova ameaça de Joaquim Levy (Fazenda) de deixar o governo se a meta fiscal de 2016 for zerada, o Planalto e o próprio ministro buscaram colocar panos quentes no caso. Em viagem a Maceió, Levy negou que estivesse de saída do governo, e a equipe da presidente Dilma garantia que, logo cedo, ela recebera este mesmo recado do ministro da Fazenda.

Durante a manhã desta sexta-feira (11), a presidenta disse que o governo ainda está discutindo qual será a meta fiscal do ano que vem, fixada inicialmente em um superávit primário (receitas menos despesas) de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) e defendida por Levy.

Questionada sobre uma eventual saída de Levy caso o governo decida reduzir a meta, Dilma disse: “Não respondo a perguntas com esse grau 90 de subjetividade”. Segundo a presidenta, ainda há “posições diferentes” entre seus ministros. Nelson Barbosa (Planejamento) defende um superavit menor.

Apesar das negativas desta sexta-feira, Levy tem dito a interlocutores do mercado que sua permanência no governo perderá o sentido se a meta fiscal do ano que vem for reduzida, sinalizando que a União pode ter mais um ano de deficit nas suas contas.

Em Maceió, Levy afirmou: “Eu não falei nada disso [demissão do ministério]”. Acrescentou ainda que “não estamos discutindo um folhetim, estamos discutindo o que queremos para o Brasil”. Mas fez um alerta: “A pluralidade de opiniões é importante, mas [é preciso] ter bastante cuidado em relação ao ano que vem, para não termos outro ano de déficit primário”. (Folhapress)

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