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“A greve foi menor que os organizadores esperavam, mas maior que o governo gostaria”, diz cientista político

Impacto da greve só poderá ser medido efetivamente na semana que vem. (Foto: Cesar Itiberê/ Fotos Públicas)

Não houve um balanço oficial sobre a quantidade de pessoas que aderiram à greve ou sobre os protestos espalhados nas principais capitais brasileiras. No entanto, para alguns analistas, o impacto delas só poderá ser medido efetivamente na semana que vem, quando parlamentares voltarem ao Congresso para debater as reformas criticadas pelo movimento.

Marco Antonio Teixeira, cientista político e professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getulio Vargas, resumiu: “Acho que as manifestações, apesar de grandes, não foram do tamanho que os manifestantes esperavam. Por outro lado, elas também não foram tão pequenas quanto o governo gostaria.”

A cientista política e pesquisadora Lara Teixeira também pontuou que ainda está cedo para entender os reflexos das mobilizações. “A gente não consegue mensurar quantas pessoas não foram trabalhar porque aderiram à greve e quantas não foram porque não conseguiram chegar ao trabalho. Mas o comércio, por exemplo, sentiu. O dia teve um movimento pior que de feriado, alguns comerciantes disseram. O transporte público parou o dia todo em São Paulo. Então é possível dizer que a greve foi sentida.”

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