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Grupo de médicos dos Estados Unidos critica orientação de isolamento “confusa” do governo

Expectativa de vida cai nos EUA pelo segundo ano consecutivo devido à covid. (Foto: Reprodução)

A Associação Médica Americana (AMA) criticou nesta quarta-feira (5) as diretrizes do governo sobre quarentena e isolamento nos Estados Unidos, dizendo que a orientação é “confusa” e arrisca uma disseminação ainda maior da covid-19.

Na terça (4), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA parou de recomendar um teste rápido de antígeno para pessoas que buscam encerrar o isolamento de covid-19 em cinco dias.

“Um teste negativo deve ser exigido para encerrar o isolamento após um teste positivo para covid-19”, disse a AMA, acrescentando que ao permitir que uma pessoa deixe o isolamento sem saber o status dela corre-se o risco desnecessário de transmissão do vírus.

O CDC reduziu na semana passada o período de isolamento recomendado para pessoas com covid assintomática de 10 para cinco dias, e na terça-feira apoiou essa decisão, dizendo que uma revisão de 113 estudos de 17 países mostrou que a maior parte da transmissão ocorre no início do curso da infecção.

A AMA disse que os médicos estão preocupados com o fato de que essas recomendações colocam os pacientes em risco e podem sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde.

A variante ômicron do coronavírus tem se espalhado rapidamente pelos Estados Unidos, causando um aumento nas hospitalizações e escassez de kits de teste.

A AMA fez um apelo ao governo dos EUA para usar todos os meios para aumentar a produção e distribuição de testes de covid-19.

Vacinação de crianças

O presidente americano, Joe Biden, defendeu a vacinação de crianças contra a covid-19. “Crianças não vacinadas são um risco. As vacinadas estarão salvas”, afirmou.

Em coletiva de imprensa, Biden reforçou que a gravidade da doença nas pessoas vacinadas é muito menor em comparação àquelas que não foram imunizadas, e pediu à população que tome todas as doses, principalmente com o avanço da ômicron, que é “muito transmissível”.

“E deixe-me ser absolutamente claro. Temos em mãos todas as vacinas que precisamos para vacinar totalmente todos os americanos, incluindo a injeção de reforço. Portanto, não há desculpa. Não há desculpa para ninguém não ser vacinado”, afirmou, dizendo que vivemos uma “pandemia de não vacinados”.

O presidente norte-americano pediu aos pais que têm filhos que ainda não podem receber vacinas para que deixem as crianças perto apenas de pessoas que receberam os imunizantes. Ainda assim, ele também defendeu que as escolas devem continuar abertas.

Ele disse que as próximas semanas serão desafiadoras, e que ainda é necessário utilizar máscaras e medidas de higiene para se proteger do coronavírus.

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