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Grupos pró-impeachment comemoram decisão e evitam criticar o presidente da Câmara dos Deputados

Expoentes da oposição concordaram que é preciso ter apoio popular para dar andamento ao processo. (Foto: Reprodução)

Poucos minutos após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitar o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma, fogos de artifício foram queimados em diferentes regiões da capital paulista. Na Zona Sul, os estampidos foram esparsos, enquanto na Zona Oeste o barulho foi mais intenso. O clima festivo era claro entre os movimentos que organizaram manifestações contra Dilma ao longo do ano.

“Estávamos com o kit festa preparado”, afirmou Renan Santos, um dos líderes do MBL (Movimento Brasil Livre), que conclamava eleitores insatisfeitos com Dilma a comemorar o início do processo de impedimento. “Nós já sabíamos que isso aconteceria, estávamos assistindo a um jogo de chantagem entre Cunha e PT. Uma hora esse jogo ia colapsar, como ocorreu. E quem ganha é o Brasil, é um presente de Natal para o Brasil”, disse Santos.

Outro que comemorou a decisão de Cunha na Paulista foi Rogério Chequer, porta-voz do Vem pra Rua, que se disse animado com o início do processo. “Esse é um dia histórico porque finalmente um pedido que vem da população está sendo atendido”, declarou.

Os movimentos contra Dilma evitaram se posicionar claramente sobre a situação de Cunha, acusado de ter recebido propina no âmbito da Operação Lava-Jato. “Queremos que o Cunha saia, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra”, desconversou Santos. (AG)

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