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Homem é solto no Rio depois de ficar quase três anos preso por engano

Segundo a decisão da Justiça, a investigação da Polícia Civil apresentou falhas ao identificá-lo como sendo o autor co crime. (Foto: CNJ)

O músico Vando dos Santos Bernardo deixou a cadeia no sábado (13), depois de passar quase três anos preso por engano no Rio de Janeiro. Ele foi recebido com emoção pela família na porta do presídio, na Zona Norte da cidade.

Em 2018, ele foi preso acusado de ter cometido um latrocínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio no ano anterior. No entanto, no mesmo dia e horário do crime ele estava tocando em um bar em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Segundo a decisão da Justiça, a investigação da Polícia Civil apresentou falhas ao identificá-lo como sendo o autor co crime.

Em nota, a polícia informou que orienta, desde outubro do ano passado, que os delegados não usem apenas o reconhecimento fotográfico como única prova em inquéritos policiais para pedir a prisão de suspeitos.

A nota diz ainda que o reconhecimento por foto, que é aceito pela Justiça, é um instrumento importante para o início de uma investigação, mas deve ser ratificado por outras provas técnicas.

Ceará

Em outro caso, ocorrido em dezembro último no Ceará, o assistente administrativo Tiago dos Santos Bezerra, de 36 anos, foi preso por engano nesta sexta-feira (11), em Fortaleza, quando foi registrar um boletim de ocorrência no 27º Distrito Policial. Os policiais responsáveis pelas atividades na unidade o confundiram com Tiago dos Santos, de 30 anos, condenado em 2017 por assalto, em Caucaia (CE). A Secretaria da Segurança do Ceará reconheceu que houve “engano” na detenção de Tiago.

Os nomes do homem condenado e do preso injustamente são diferentes por um sobrenome (Bezerra). Tiago dos Santos, por sua vez, não tem o nome do pai na sua certidão de nascimento. Além disso, o nome da mãe de ambos é idêntico.

A advogada Mayara Lima, que acompanhou o caso de Tiago Bezerra, disse à época que se as autoridades policiais tivessem observado o Registro Geral do assistente administrativo, veriam de que se tratavam de pessoas totalmente diferentes.

“Houve despreparo total, falta de zelo e abuso de autoridade, prender uma pessoa ilegalmente sem verificar o documento de identidade. Se você olhasse, veria que não era a mesma pessoa. A delegada não se deu ao trabalho de olhar o processo judicial”, avaliou Mayara Lima.

Tiago dos Santos Bezerra teve menos azar do que músico Vando dos Santos Bernardo, do Rio de Janeiro, pois acabou sendo solto no dia seguinte. As informações são do portal de notícias G1.

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