O comerciante José Amilca, de 50 anos, morador do Distrito Federal, optou por um jeito inusitado de pegar carona na Mega-Sena sem jamais ter acertado qualquer sorteio nos últimos 30 anos: a venda de apostas prontas da modalidade.
Segundo ele, seus principais clientes são advogados, empresários e taxistas, que procuram comodidade e rapidez. “Eles não querem ficar horas em filas de agências lotéricas”, explica. “Tem cliente que gasta 500 reais por semana.”
Amilca trabalha das 8h às 20h no Setor Comercial Sul, em Brasília, adquirindo bolões da Caixa para revenda ou fazendo jogos simples nas agências, com dezenas escolhidas por ele próprio ou pela clientela. Com os 4 mil reais que fatura por mês – valor que pode dobrar em sorteios acumulados – ele sustenta a mulher e dois filhos.
Apaixonado pela atividade, Amilca também faz a sua fezinha. “Chego a gastar 400 reais por mês em apostas, pois também quero ficar rico”, diverte-se. Na única vez em que foi contemplado, porém, a “sorte grande” só lhe rendeu 550 reais na Quina.
Para esse vendedor de sonhos, atuar de forma autônoma e poder determinar o próprio horário de trabalho fazem com que a vida seja mais tranquila, sem muitas preocupações. “Pago o INSS e o seguro no banco, tudo na maior legalidade”, assegura. “Eu trabalho para ganhar o meu pão de cada dia e, de quebra, ainda posso tentar ficar milionário.” (AG)
