Um bombardeio atingiu neste sábado (03) um hospital da ONG MSF (Médicos Sem Fronteiras) em Kunduz, no Norte do Afeganistão, matando pelo menos nove integrantes do grupo, informou a organização em comunicado. Outras 37 pessoas ficaram feridas, entre elas 19 funcionários da organização.
A MSF afirmou que todas as partes envolvidas nos conflitos no país foram informadas sobre a localização precisa de seu hospital e de outras instalações do grupo. Ainda de acordo com a MSF, o bombardeio continuou por 30 minutos mesmo após militares dos EUA e afegães terem sido informados sobre o ataque.
O governo afegão afirmou que o bombardeio foi realizado pelas forças norte-americanas, mas culpou os talebãs pelo ocorrido por terem decidido se esconder no edifício durante os confrontos com as tropas afegãs, que contavam com apoio aéreo dos EUA. “Acreditamos categoricamente que os terroristas entraram no complexo do hospital para se esconderem das forças de segurança”, afirmou o porta-voz do Ministério do Interior, Seddiq Seddiqi, em entrevista coletiva na capital Cabul. “Foi terrível ver a perda de vidas de médicos do MSF, mas infelizmente os terroristas decidiram se esconder no hospital.”
Os EUA reconheceram que possivelmente causaram “danos colaterais” na instalação médica durante um bombardeio em Kunduz e disseram que estão investigando o caso.