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Hotéis e empresas aéreas dos Estados Unidos começaram a cortar preços, depois de terem notado que turistas vêm evitando o país em reação às políticas de Donald Trump

As políticas de imigração de Donald Trump motivaram reação em todo o mundo. (Foto: Reprodução/Twitter)

Hotéis e empresas aéreas dos Estados Unidos começaram a cortar preços, depois de terem notado que turistas vêm evitando o país em reação às políticas de imigração de Donald Trump, segundo a maior empresa de viagens do mundo.

O CEO da Expedia, maior agência de viagens da internet em receita bruta com reservas, Dara Khosrowshahi, disse que o setor de turismo dos EUA se prepara para um ano de turbulências diante do menor interesse internacional em visitar o país. As empresas norte-americanas estão reagindo à força do dólar, mas outro fator influenciador são os esforços do governo Trump para impor um veto de viagens a visitantes de certos países.

“Acho que em razão da percepção quanto às posições provenientes do governo atual, os EUA, enquanto destino, potencialmente vêm aparentando ser menos atraentes como produto”, disse Khosrowshahi, ao Financial Times durante visita a Londres (Reino Unido).

“O que vai acontecer é uma das duas coisas: ou os EUA vão precisar entrar em liquidação para manter os volumes, ou os volumes vão cair”, disse o executivo. “Quando observamos nossos negócios, o principal indicador é o preço. O preço caiu.”
A Expedia vai revelar um quadro mais geral sobre as mudanças de preços em maio, quando divulgar seu balanço do primeiro trimestre. O alerta de Khosrowshahi chega depois de o Conselho Mundial de Viagens e Turismo, uma associação setorial, ter detectado “sinais iniciais” de um “sentimento anti-EUA” cada vez maior entre os turistas.

Dados de busca de voos reunidos pelo ForwardKeys, um grupo de software de viagens, mostram que as reservas de empresas aéreas para os EUA caíram 6,5% em janeiro, na semana após o presidente Trump ter decretado sua primeira ordem executiva contra a entrada de cidadãos de sete países de população majoritariamente muçulmana, o que foi posteriormente vetado pela Justiça. (Murad Ahmed e Madhumita Murgia/Financial Times)

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