O Ibovespa atingiu uma nova máxima histórica nessa quinta-feira (11). O principal índice da Bolsa brasileira fechou em alta de 0,56%, alcançando os 143.150 pontos. Resultado foi superior ao recorde registrado no dia 5 de setembro, quando atingiu 142.640 pontos. Já o dólar fechou em queda de 0,27%, cotado a R$ 5,3920, após tocar a mínima de R$ 5,3741.
O Ibovespa rompeu outra barreira: superou, pela primeira vez, os 144 mil pontos, alcançando a máxima de 144.012 pontos no dia. Depois, perdeu fôlego.
Dólar
– Acumulado da semana: -0,39%;
– Acumulado do mês: -0,55%;
– Acumulado do ano: -12,75%.
Ibovespa
– Acumulado da semana: +0,36%;
– Acumulado do mês: +1,22%;
– Acumulado do ano: +19,01%.
O principal dado que animou os mercados veio dos Estados Unidos. Investidores reagiram à divulgação dos pedidos de seguro-desemprego, que superaram as projeções, reforçando a previsão de que o Federal Reserve (Fed) irá cortar os juros na próxima semana.
Na semana encerrada em 6 de setembro, foram registrados 263 mil novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA — o maior volume de solicitações iniciais desde 23 de outubro de 2021. O resultado superou a expectativa dos analistas, que projetavam 235 mil novos pedidos.
Nos EUA, também foi divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto. O indicador subiu 0,4% em relação ao mês anterior e acumula 2,9% no ano. Apesar de ter superado as expectativas dos economistas, o resultado não afastou as apostas de que os juros serão reduzidos.
Com a inflação sob controle e um mercado de trabalho mais fraco, cresce a expectativa de queda dos juros nos EUA. O dólar se torna menos atrativo, enquanto países como o Brasil, com juros ainda altos, atraem mais capital estrangeiro, valorizando o real e contribuindo para a queda do dólar por aqui.
Falando em juros, o Banco Central Europeu (BCE) manteve a taxa em 2% pela segunda reunião seguida, após tê-la reduzido pela metade ao longo de um ano. A decisão foi tomada porque a inflação na região se aproximou da meta de 2%.
No Brasil, o foco ficou no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado. A Primeira Turma do STF formou maioria para condenar Bolsonaro por todos os crimes da Trama Golpista.
Além disso, economistas consultados pelo Ministério da Fazenda para o relatório Prisma Fiscal de setembro projetam um déficit primário de R$ 69,99 bilhões para 2025, ligeiramente melhor que os R$ 70,88 bilhões estimados antes. Para 2026, a previsão piorou: déficit de R$ 81,83 bilhões, ante R$ 81,06 bilhões.