O Ibovespa encerrou esta quarta-feira (29) em alta de 0,82%, aos 148.633 pontos, atingindo uma nova máxima histórica. Este foi o 18º recorde do índice em 2025, segundo dados da B3. Ao longo da sessão, o principal índice da bolsa também superou os 149 mil pontos pela primeira vez. Depois, perdeu força. Já o dólar fechou em leve queda de 0,03%, negociado a R$ 5,3580.
O mercado reagiu à decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de cortar os juros do país. Além disso, o cenário geopolítico continuou em evidência, com avanços nas negociações comerciais entre EUA e China e movimentações diplomáticas de Donald Trump na Ásia.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) reduziu as taxas de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 3,75% a 4% ao ano — menor nível desde novembro de 2022. Juros mais baixos no país beneficiam mercados emergentes, com o brasileiro.
Esse foi o segundo corte consecutivo nas taxas do país, e veio em linha com as expectativas do mercado financeiro. O ânimo dos investidores só não foi maior porque o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou em entrevista a jornalistas que não há consenso para a próxima decisão do colegiado.
O Senado dos EUA aprovou um projeto de lei que revoga as tarifas impostas ao Brasil pelo governo Trump. Apesar disso, a medida deve enfrentar resistência na Câmara, onde os parlamentares aprovaram uma norma que restringe tentativas de derrubar as tarifas do republicano.
Na Ásia, Donald Trump segue em encontros com líderes internacionais e aumenta a expectativa para a reunião com o presidente chinês, Xi Jinping. A China confirmou que os dois chefes de Estado devem se encontrar na quinta-feira, na Coreia do Sul.
Já a Nvidia fez história nesta quarta-feira ao se tornar a primeira empresa a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado, após uma ascensão meteórica que consolidou sua posição na corrida global da inteligência artificial.
Bolsas globais
Os mercados internacionais encerraram o dia de olho na decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros.
Em Wall Street, os índices fecharam sem direção definida após o comunicado do Fed. As ações recuaram pouco depois que Jerome Powell afirmou que o corte de juros em dezembro “está longe” de ser uma certeza.
O S&P 500 encerrou estável, aos 6.890,73 pontos. Já o Dow Jones recuou 0,15%, aos 47.632,65 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançou 0,55%, aos 23.958,47 pontos. Na véspera, os três principais indicadores haviam fechado em recorde histórico pelo terceiro pregão consecutivo.
As bolsas europeias encerraram em sua maioria com queda, enquanto os investidores seguiam cautelosos antes da decisão de juros norte-americanos. Além disso, a temporada de balanços na região também foi movimentada, com os resultados de empresas como: Airbus, UBS, Banco Santander, Equinor, Deutsche Bank, BASF, Adidas, GSK e Endesa.
O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 0,10%, aos 575,19 pontos, o DAX, de Frankfurt, perdeu 0,64%, aos 24.124,21 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,19%, aos 8.200,88 pontos. Na contramão de seus pares, o FTSE 100, de Londres, destoou dos demais e subiu 0,61%, aos 9.756,14 pontos.
Na Ásia, os mercados encerraram o dia em alta, impulsionados por balanços corporativos positivos e pelo otimismo com as negociações entre os EUA e a China. As ações chinesas atingiram o maior nível em dez anos, com destaque para os setores de energia e metais.
Na China, o índice de Xangai subiu 0,7%, alcançando o nível mais alto desde 2015, enquanto o CSI300 avançou 1,19%, o maior patamar desde 2022.
Em Tóquio, o Nikkei ganhou 2,17%; em Seul, o Kospi subiu 1,76%; e em Taiwan, o Taiex avançou 1,24%. Já em Cingapura, o Straits Times teve leve queda de 0,24%. O mercado de Hong Kong permaneceu fechado por feriado local.
