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Idolatrado no exterior, ex-presidente do Uruguai é atingido por críticas internas e escândalo em estatal

José Mujica disse que pelo fato de ter sido presidente de uma Nação e continuar vivendo como um homem do povo, as pessoas achavam que ele era um fenômeno. (Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil)

Diante de uma plateia de produtores de leite de Puerto Varas, no Sul do Chile, o ex-presidente do Uruguai José Mujica assegurou que pelo fato de ter sido presidente de uma Nação e continuar vivendo como um homem do povo as pessoas achavam que ele era um fenômeno. O atual senador e homem forte da governista Frente Ampla foi aplaudido euforicamente, como cada vez que se apresenta em palcos estrangeiros e é elogiado por seu perfil austero e pelas conquistas sociais de vanguarda – como as leis de legalização da maconha, aborto e casamento gay.

Dentro do Uruguai, porém, as opiniões e sentimentos em relação a Mujica, principalmente à sua gestão como presidente entre 2010 e 2015, são cada vez mais negativas. E o governo do ex-presidente está na mira da Justiça por uma denúncia penal apresentada recentemente pelos três principais partidos de oposição, sobre supostas irregularidades na companhia petrolífera estatal e poderia enfrentar, ainda, uma ofensiva para abertura de uma comissão de investigação no Congresso sobre negócios fechados com a Venezuela.

Na opinião de economistas e analistas, a acusação de má administração é delicada e o rombo financeiro deixado por Mujica a seu sucessor Tabaré Vázquez (2005-2010) poderia superar 1 bilhão de dólares. (AG)

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