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Ignorando ordem de Bolsonaro, parlamentares eleitos do PSL voltaram a brigar nas redes sociais

Ex-ator tem se envolvido em polêmicas internas no PSL. (Foto: Agência Brasil)

Fontes ligadas ao futuro governo revelam que durou menos de 48 horas a trégua estabelecida entre parlamentares eleitos do PSL depois que Jair Bolsonaro mandou que parassem de brigar em público. E se antes os principais protagonistas do bate-boca eram Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann, agora a “roupa suja” é lavada pelo deputado eleito Alexandre Frota (SP).

O ex-ator acusou o futuro ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (MG), de abrigar um lobista da indústria de medicamentos na equipe de transição do novo governo. Em contrapartida, foi chamado de “desleal” em um grupo de mensagens da bancada no WhatsApp e cobrado a dar explicações.

Em tréplica ao correligionário, Frota disse foi às redes sociais para dizer que só deve lealdade “ao povo e a Jair Bolsonaro”. Na postagem, frisou: “Quem é leal primeiro aos amigos pode acabar se envolvendo, ainda que sem conhecimento, em situações embaraçosas com um simples aperto de mão”.

Ataques

Frota começou os ataques ao colaborador de Marcelo Antônio na quinta-feira, um dia após Bolsonaro pedir moderação aos seus aliados e subordinados. “Nada mais desleal com um colega do que tratar questões tão sérias como essa via redes sociais sem antes consultar ou apurar a veracidade dos fatos”, reagiu o mineiro.

Cotado para um cargo no Turismo, Saulo Meira Serra trabalhou no Ministério da Saúde quando o MDB controlava a pasta, no governo de Dilma Rousseff (2011-2016). Após cobrar provas de Frota, Marcelo Antônio disse nesta sexta que o assessor será afastado para que eventuais suspeitas sejam averiguadas.

Bolsonaro

Ao avaliar os resultados das conversas que Bolsonaro teve com nove bancadas nesta semana, caciques partidários afirmaram que o presidente eleito tem boas intenções mas ainda não deixou claro quem serão os operadores que o ajudarão a organizar o jogo político no Congresso Nacional.

Para esses dirigentes, os encontros deixaram claro que o PSL não tem quadros capacitados para a tarefa, o que obrigará o presidente a optar por membros de outros partidos para liderar seus aliados no Legislativo.

O futuro ministro da Casa Civil, deputado reeleito Onyx Lorenzoni (DEM-RS), disse a parlamentares que a movimentação de Joice Hasselmann (PSL-SP) como “articuladora” do governo eleito incomoda a equipe de Bolsonaro. Ele teria admitido, porém, que não sabe como impedi-la.

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