Em sua primeira manifestação pública sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu que o Congresso suspenda o recesso parlamentar em janeiro para tratar dessa questão rapidamente. “Será importante acelerar a discussão do impeachment. Quanto mais cedo você superar isso, melhor”, afirmou o ministro.
O Palácio do Planalto também trabalha para apressar o desfecho do processo, enquanto parte da oposição prefere prolongar a discussão até 2016. Levy disse que, apesar de toda a turbulência causada pela deflagração do processo de impeachment, foi possível aprovar a mudança da meta fiscal de 2015. O Congresso autorizou o governo federal a fazer um déficit de até 119,9 bilhões de reais, o que possibilitou rever o bloqueio de 11,2 bilhões de reais em despesas do Orçamento.
Segundo Levy, a realização de votações no primeiro mês do ano também contribuiria para aprovar mais rapidamente as medidas de ajuste das contas públicas necessárias para que o governo atinja a meta de economizar 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2016. Sobre a meta do próximo ano, disse que não é tão ambiciosa e que a estratégia é continuar controlando gastos e aprovar a volta da CPMF. Afirmou ainda que o governo tomou todas as medidas possíveis e necessárias para manter a economia andando, mas que a situação atual é “desafiante”. (Folhapress)
