A presidenta Dilma Rousseff aproveitou sua primeira agenda pública desde a deflagração do processo de impeachment para defender seu mandato e, sem citá-lo, fazer críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No encerramento da 15ª Conferência Nacional de Saúde, nessa sexta-feira, Dilma afirmou que a discussão da chamada pauta bomba no Legislativo (propostas com aumento de gastos públicos) tinha como objetivo “afundar o País”.
Segundo ela, essa ação era guiada pela “pior política possível”, a “política do quanto pior, melhor”. “Esse movimento atinge seu ápice esta semana, quando se propõe um pedido de impeachment contra o mandato conferido pelo povo brasileiro”, afirmou. “Por meio da aprovação de leis que poderiam ter consequências danosas para a nossa economia, buscava-se criar o ambiente de instabilidade política, que postergasse as medidas necessárias para retomar o crescimento”, disse.
Sem citar Cunha, Dilma reafirmou não possuir contas na Suíça ou ter, em sua biografia, “nenhum ato de uso indevido de dinheiro público”. “Nada fiz que justifique esse pedido.” Ela já havia criticado o presidente da Câmara, também sem citar seu nome, no pronunciamento que fez após ele abrir o processo de impeachment. (Folhapress)
