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Imprensa internacional repercute a morte de imigrante congolês no Rio de Janeiro

Jovem congolês Moïse Kabamgabe morreu no último dia 24, no Rio de Janeiro. (Foto: Reprodução)

A imprensa internacional repercutiu a morte do imigrante congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, assassinado em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na noite do último dia 24. Kabagambe trabalhava no local e havia pedido o pagamento das diárias atrasadas ao seu superior.

O jornal americano The Washington Post afirmou que Kabagambe foi vítima de um “derramamento de sangue” ao ser “espancado até a morte”. A publicação chamou a atenção para as possíveis relações do crime com questões raciais e um sentimento anti-imigrante.

“Mesmo em um país acostumado a espasmos aleatórios de extrema violência, a suposta selvageria do espancamento deixou muitos brasileiros chocados e sem respostas”, escreveu o Washington Post.

O francês Le Figaro destacou a comoção gerada pelo assassinato de Kabagambe. A publicação ressaltou que a morte do imigrante “provocou indignação no Brasil” e listou as celebridades que homenagearam a vítima, entre elas, o cantor Caetano Veloso.

Em Portugual, o jornal O Observador classificou o crime como “um assassinato brutal”. A reportagem chamou a atenção para a campanha #JustiçaParaMoïse, que pede a punição dos envolvidos na morte do congolês.

O site do Congo L’Interview também noticiou o caso, com o título: “Brasil: um jovem congolês é espancado até a morte no oeste do Rio de Janeiro”. Outro veículo de imprensa do país natal de Kabagambe, o site Electionnet, chamou atenção para o protesto da família do morto, que demanda explicações.

Prisões temporárias

A Justiça decretou as prisões temporárias dos três suspeitos de terem espancado até a morte o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, na semana passada, no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Fábio Pirineus da Silva, o Belo, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove, e Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota, estão detidos desde terça-feira na Delegacia de Homicídios da capital (DHC). Imagens de câmera de segurança do quiosque mostram três homens espancando Moïse na noite do dia 24. O vídeo flagra os agressores dando socos, chutes e até golpes com pedaços de pau no estrangeiro.

As prisões foram decretadas no plantão judiciário noturno pela juíza Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz, após pedido feito pela DHC. Os três foram flagradas por câmeras de segurança cometendo os crimes. Os homens foram transferidos no início da tarde desta quarta-feira (2) para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, e ficarão à disposição da Justiça. As informações são do jornal O Globo.

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