O Palácio Piratini divulgou, nesta quarta-feira (17), um vídeo no qual o governador Eduardo Leite esclarece algumas dúvidas sobre os próximos passos que serão tomados em relação ao enfrentamento da pandemia de coronavírus no Rio Grande do Sul.
“É um indicador que nos choca e nos sensibiliza. Assistir ao registro de 500 mortes certamente toca qualquer ser humano que preza pela vida, mas existem outros tantos indicadores que precisam ser analisados, e o indicador que demonstra pressão na capacidade hospitalar começa a ceder fortemente”, afirmou o governador ao comentar as 502 mortes por Covid-19 registradas na terça-feira (16).
“Parte das pessoas que ainda estão internadas infelizmente não resistirá, então, veremos um crescimento no número de óbitos nas próximas semanas, mas os dados da demanda de internações já demonstram a redução da circulação do vírus”, explicou Leite.
Para evitar maiores prejuízos à economia, o governo do Estado estuda o retorno do sistema de cogestão regional a partir de segunda-feira (22), caso os indicadores confirmem, ao longo desta semana, a redução efetiva do contágio e da demanda hospitalar.
“Se confirmarmos esse movimento, poderemos avaliar a retomada da cogestão, mantendo medidas extraordinárias de restrição, como a suspensão geral de atividades entre 20h e 5h aos finais de semana e intensa fiscalização contra aglomerações”, destacou Leite.
O governador já adiantou que a previsão é de que o Estado fique em bandeira preta, que representa risco altíssimo no modelo de Distanciamento Controlado, pelas próximas semanas. “A bandeira preta serve para alertar a população a respeito desse risco altíssimo que ainda vemos na nossa capacidade hospitalar. Ou seja, quem se contaminar neste momento ainda vai encontrar um sistema hospitalar bastante comprometido”, ressaltou.
Caso a redução do contágio se confirme, o governo dá a oportunidade aos municípios, desde que se reúnam regionalmente, de fazer eventuais adaptações aos protocolos da bandeira preta, até o limite da bandeira vermelha.
“A bandeira anterior – neste caso, a bandeira vermelha – é um limite de onde não podem passar no relaxamento de restrições, mas a cogestão não significa que estão obrigados a automaticamente adotar protocolos de bandeira vermelha. Os municípios podem adotar regras mais rígidas e podem continuar com bandeira preta, se assim desejarem”, explicou Leite.
O retorno da cogestão regional ainda será debatido em reunião do Gabinete de Crise, prevista para esta quinta-feira (18), e em reunião com a Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul) e com representantes de associações regionais, que deve ocorrer na tarde desta sexta-feira (19).