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Índice de desocupados há mais de sete meses cresceu de 24% para 33% entre janeiro e novembro

Na Região Metropolitana de Porto Alegre, há mais de 1 mil vagas de emprego abertas (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Em pouco mais de um ano, o brasileiro passou a enfrentar o temor do desemprego. Um levantamento da Tendências Consultoria Integrada mostrou que, com a rápida deterioração da atividade econômica em 2015, o trabalhador está demorando mais tempo para conseguir um novo emprego.

O percentual de desocupados há mais de sete meses subiu de 24,1%, em janeiro do ano passado, para 33,8% em novembro. A faixa que mais cresceu foi a que inclui desempregados entre sete e 11 meses, que dobrou de 7,3% para 14,2%. Já o percentual de trabalhadores que conseguia emprego em até 30 dias, caiu de 29,6% para 20,2%. A faixa entre 31 dias e seis meses ficou estável, com 46% dos desocupados.

Segundo Thiago Xavier, economista da Tendências, a recolocação mais lenta dos trabalhadores desestimula a busca por uma nova vaga e pressiona o aumento da população desalentada, que desiste de procurar emprego. Ele explicou que esse grupo cresceu 17,6% no acumulado de 12 meses até novembro de 2015. No mesmo período do ano anterior, havia queda de 8,25%.

“O que mais assusta é a velocidade com que os índices de emprego pioraram”, afirmou João Saboia, professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Segundo ele, a melhora do mercado de trabalho demorou dez anos para ocorrer, gradualmente. “Em poucos meses, boa parte desse ganho se foi”, apontou. (AE)

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