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Índice que corrige aluguéis dispara em setembro e acumula alta de 18% em um ano

(Foto: Divulgação)

O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) teve alta de 4,34% em setembro, contra um avanço de 2,74% em agosto, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta terça-feira (29)

Com este resultado, o índice já acumula alta de 14,4% no ano e de 17,94% em 12 meses, bem acima do índice de inflação oficial do País. Em setembro de 2019, o índice havia caído 0,01% e acumulava alta de 3,37% em 12 meses.

O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis. Ele sofre uma influência considerável das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários, como as commodities e metais.

“Os três índices componentes do IGP-M registraram aceleração. O índice de preços ao produtor segue influenciado pela alta de grandes commodities, como a soja em grão que subiu 14,32% em setembro. No IPC, o destaque coube ao subgrupo recreação cuja a variação foi de 4,77%, sob influência de passagens aéreas que avançaram 23,74% nesta apuração. Por fim, no INCC destacam-se materiais e equipamentos, cujos os preços avançaram em média 2,97% no mês e 9,67% em 12 meses”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) subiu 5,92% em setembro, ante 3,74% em agosto. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 2,98% para 5,99%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 3,00% em setembro, ante 1,49% no mês anterior.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) avançou 0,64% em setembro contra 0,48% em agosto. Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) subiu 1,15% em setembro, ante 0,82% no mês anterior.

Os economistas do mercado financeiro voltaram a estimar inflação acima de 2% para 2020 – algo que não acontecia desde o final de abril, segundo boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (28). Para o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), a estimativa agora é de uma alta de 2,05% no ano. A expectativa, porém, segue abaixo da meta central, de 4%, e também do piso do sistema de metas, que é de 2,5% em 2020.

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