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Indústria gaúcha encerra o primeiro semestre com o pior desempenho em seis anos

"O sentimento de pessimismo permanecerá até que os industriais consigam visualizar um ponto de inflexão ou uma saída para esta crise", disse Heitor José Müller, presidente da Fiergs (Foto: Jackson Ciceri/O Sul)

O IDI-RS (Índice de Desempenho Industrial do Estado) caiu 0,2% na passagem de maio para junho, descontados os efeitos sazonais. Com isso, as indústrias gaúchas encerraram o primeiro semestre deste ano com uma retração de 8,1% ante o mesmo período de 2014, o pior resultado em seis anos.

“A crise no setor fabril avançou bastante, influenciada principalmente pela redução da demanda doméstica e pelo aumento dos custos de fabricação. O excesso de estoques de produtos, a falta de confiança e a ociosidade nas linhas de produção não indicam mudança nesse quadro de dificuldades no curto prazo”, avaliou o presidente da Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul), Heitor José Müller. Todos os indicadores do IDI-RS recuaram nos primeiros seis meses de 2015.

Os maiores impactos negativos foram verificados nas compras de matérias-primas  (-15,1%), no faturamento real (-11,1%) e nas horas trabalhadas na produção  (-7,9%). A queda de 2% na utilização da capacidade instalada também foi outro ponto que evidenciou a frágil situação da indústria. Essa perda sistemática da atividade impactou fortemente o mercado de trabalho: o emprego e a massa salarial real diminuíram 5,1%.

Dos 17 setores pesquisados, nessa base de comparação, registraram crescimento somente alimentos (2,5%), bebidas (0,3%) e equipamentos de informática e produtos eletrônicos (1,2%). As principais desacelerações vieram de veículos automotores (-22,6%), máquinas e equipamentos (-13,9%), produtos de metal (-8,3%), couros e calçados (-5,3%) e químicos e refino de petróleo (-5,5%).

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