O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) teve variação de 0,10% na primeira semana de setembro. O resultado foi 0,03 ponto percentual abaixo da taxa registrada na semana anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (11) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo habitação (0,23% para 0,04%). Nessa classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 1,32% para 0,21%.
Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos transportes (1,46% para 1,19%), vestuário (0,12% para -0,12%), comunicação (0,05% para -0,22%) e despesas diversas (0,10% para 0,08%). Nessas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens gasolina (6,42% para 4,78%), roupas (-0,02% para -0,48%), pacotes de telefona fixa e internet (0,00% para -0,86%) e alimentos para animais domésticos (0,62% para 0,22%).
Em contrapartida, os grupos educação, leitura e recreação (0,13% para 0,66%), alimentação (-0,83% para -0,76%) e saúde e cuidados pessoais (0,21% para 0,30%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nessas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens passagem aérea (-0,43% para 21,39%), frutas (-3,08% para -2,37%) e medicamentos em geral (-0,15% para 0,05%).
Inflação oficial
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,19% em agosto, após variação de 0,24% em julho, segundo dados divulgados na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa foi a menor taxa para o mês desde 2010, quando chegou a 0,04%. Em agosto de 2016, o índice havia registrado variação de 0,44%.
No acumulado do ano, o IPCA está em 1,62%, bem abaixo dos 5,42% registrados no mesmo período de 2016. Esse é o menor índice acumulado até agosto desde a implantação do Plano Real, em 1994. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA desacelerou para 2,46%, resultado inferior aos 2,71% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Essa foi a menor variação acumulada em um ano desde fevereiro de 1999 (2,24%). O índice está abaixo do piso da meta de inflação estipulada pelo governo, que é de 3% ao ano (1,5 ponto percentual abaixo do centro da meta, que é de 4,5% ao ano).
Pelo quarto mês consecutivo, o grupo dos alimentos teve queda (-1,07%). O IBGE avalia que o início da colheita recorde da safra agrícola deste ano provocou a baixa nos preços dos principais alimentos consumidos pelas famílias brasileiras. A inflação para o grupo de alimentação e bebidas teve o menor resultado desde agosto de 1998, quando foi de -1,20%, considerando apenas os meses de agosto. Os alimentos para consumo em casa recuaram 1,84%, após a queda de 0,81% de julho.