Ícone do site Jornal O Sul

Inflação para o consumidor recua na última semana de junho

Em números absolutos, a arrecadação federal com tributos ligados à atividade econômica subiu para R$ 785,8 bilhões até setembro deste ano. (Foto: Reprodução)

O IPC-S (Índice de Preço ao Consumidor – Semanal) apresentou variação de -0,32% na última semana de junho. O resultado é 0,20 ponto percentual menor do que a taxa registrada na última apuração, informou nesta segunda-feira (03) a FGV (Fundação Getulio Vargas). O indicador acumula alta de 1,81% no ano e de 3,44% nos últimos 12 meses.

Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo habitação (-0,18% para -0,74%). Nessa classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -2,16% para -6,56%.

Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos transportes (-0,20% para -0,53%), alimentação (-0,57% para -0,71%), educação, leitura e recreação (0,32% para 0,21%) e despesas diversas (0,45% para 0,31%). Nessas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens gasolina (-1,53% para -2,86%), restaurantes (0,30% para 0,13%), hotel (-1,29% para -2,26%) e tarifa postal (4,37% para 2,07%).

Em contrapartida, os grupos saúde e cuidados pessoais (0,40% para 0,52%), vestuário (0,50% para 0,86%) e comunicação (-0,17% para -0,10%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nessas classe de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens artigos de higiene e cuidado pessoal (0,14% para 0,51%), roupas (0,51% para 0,94%) e pacotes de internet fixa e internet (-0,94% para -0,50%).

Confianças dos serviços

O ICS (Índice de Confiança de Serviços), calculado pela FGV, recuou 2,8 pontos em junho, para 81,9 pontos. O desempenho negativo no mês deve-se, sobretudo, à piora das expectativas. O IE-S (Índice de Expectativas) do setor caiu 5,2 pontos, enquanto o ISA-S (Índice da Situação Atual) cedeu apenas -0,4 ponto.

“A intensificação da tendência de ajuste nas expectativas, que vinha sendo observada desde o início do segundo trimestre, foi muito provavelmente influenciada pela turbulência no ambiente político a partir do 17 de maio. As avaliações sobre a situação corrente também foram afetadas, com o índice interrompendo uma sequência de três meses de alta. Assim, ao final do primeiro semestre, ampliam-se os sinais de manutenção de um cenário de atividade fraca, adiando uma fase mais clara de recuperação do setor.” avalia Silvio Sales, consultor do FGV/IBRE.

A queda de 2,8 pontos da confiança de serviços em junho foi a maior desde setembro de 2015 (-3,0 pontos) e teve um perfil setorialmente generalizado, atingindo 9 das 13 atividades pesquisadas. A principal contribuição para a variação do IE-S em junho foi dada pelo indicador que mede as expectativas em relação a Demanda nos três meses seguintes, que recuou 5,3 pontos, para 84,7 pontos.

Sair da versão mobile