Em 2018, o Brasil registrou recorde de alunos no exterior, com mais de 300 mil brasileiros registrados em instituições em diferentes países. Em virtude às novas possibilidades, como a aceitação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em outros países, especialistas acreditam que este número deve crescer.
De acordo com os especialistas, a primeira diferença entre as universidades brasileiras e as instituições de outros países está na forma de de seleção. “Enquanto aqui apenas uma prova seleciona os candidatos, nos Estados Unidos, por exemplo, oito quesitos são evados em consideração, envolvendo os sete tipos de inteligência”, explica Pedro Lunardelli, consultor da Daquiprafora, empresa que apoia estudantes desde a escolha da instituição até a rotina no exterior.
O preparo para estudar fora é exigido desde cedo. Notas desde o 8º ano são analisadas e consideradas, bem como cartas de recomendação de professores e tutores. Ter habilidades, aptidões e hobbies também são pré requisitos, pois as universidades procuram pessoas com interesses diversos e que tenham propósitos que se assemelhem aos da instituição.
Dominar o inglês também é um fator importante para quem planeja estudar no exterior. Em relação a idiomas, Carolina Stancati, gerente de Internacionalização da Rede Marista de Colégios, recomenda que o aprendizado comece desde cedo. “Quanto antes o aluno começar a aprender e a viver o segundo idioma, melhor será o aprendizado. Usar o inglês como meio e não como fim também faz bastante diferença, pois assim é possível ampliar o universo de aprendizado e potencializar o estudo”, recomenda.
Essas e outras orientações foram repassadas durante o Seminário de Internacionalização, realizado pela Rede Marista de Colégios, que aconteceu no Colégio Marista Paranaense, em Curitiba (PR), no dia 5 de abril. Cerca de 1,5 mil jovens circularam pelo evento, que reuniu profissionais de diversas universidades renomadas no exterior para dar orientações importantes para quem pensa em fazer o Ensino Superior lá fora.