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Instituto mineiro encontra metais pesados acima do limite no rio Doce

O laudo preliminar foi feito pelo Igam e mostrou que, entre os dias 7 e 12, foram encontradas quantidades superiores ao permitido de arsênio, cádmio, chumbo, cromo, níquel, mercúrio e cobre. (Foto: Fabio Braga/Folha Imagem)

Um relatório sobre a qualidade de água do rio Doce após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), apontou a presença de metais pesados acima do limite legal em regiões atingidas pela lama de rejeitos de mineração da Samarco, empresa que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP.

O laudo preliminar foi feito pelo Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) e mostrou que, entre os dias 7 e 12, foram encontradas quantidades superiores ao permitido de arsênio, cádmio, chumbo, cromo, níquel, mercúrio e cobre.

Em alguns casos, o nível de chumbo ultrapassou cem vezes o limite, como ocorreu no dia 8 nos municípios de Ipatinga e Belo Oriente. No mesmo dia, o nível de arsênio estourou o limite em dez vezes. À exceção do mercúrio, todos esses metais ultrapassaram, em ao menos um momento, o máximo histórico registrado na região.

A análise contrastou com laudos divulgados pela Samarco, feitos pelo Serviço Geológico do Brasil e pela empresa SGS Geosol, que dizem ter coletado sedimentos do rio Doce e dos rejeitos da barragem e comprovado que não houve contaminação da água.

Em nota divulgada nessa sexta-feira, a mineradora afirmou que não há aumento da presença de metais que poderiam contaminar a água.

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