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Os irmãos Batista devem fatiar o grupo JBS/Friboi para efetuar venda

Liminar atende a pedido da família Batista; BNDES quer afastar irmãos do comando da empresa. (Foto: Folhapress)

Os irmãos Batista podem não ter escolha a não ser fatiar a JBS para conseguirem ter liquidez. A percepção é de que essa pode ser a única saída para atrair compradores, que olham com receio para todos os ativos da J&F, por estarem no escuro sobre possíveis contingências. Esse processo de venda deve ir muito além do programa de desinvestimento já anunciado e alcançar, assim, as marcas famosas do portfólio. Hoje, a venda dos ativos está bloqueada, mas a expectativa é de que seja liberada.

Na semana passada, no entanto, o Supremo Tribunal federal (STF) não permitiu que a JBS vendesse seus ativos no Mercosul para a Minerva, o que criou mais incertezas em torno do futuro do grupo. Procurada, a JBS nega que a empresa será fatiada para ser vendida e complementa que “não há qualquer novidade em relação ao plano de desinvestimento anunciado pela companhia em 20 de junho passado”.

Alpargatas

O fundo Cambuhy, da família Moreira Salles, está interessado em levar a Alpargatas, fabricante da marca Havaianas, que foi colocada à venda pelo grupo J&F. E se levar a empresa, pode buscar sinergias com a Hering, na qual já é acionista. A percepção é de que esse negócio tem poucas contingências, visto que foi comprado há menos de dois anos pela J&F, ao contrário de outros ativos do grupo, como a Eldorado.

Longa data

A fabricante de roupas tem ainda relacionamento comercial bastante antigo com o Itaú Unibanco. O banco tem a família Moreira Salles entre os sócios e negocia a compra da Alpargatas junto com a Cambuhy por meio da Itaúsa. O Cambuhy está tentando colocar na carteira um ativo muito parecido com a Hering, disse o diretor de um banco de investimento. Cambuhy e Hering não comentaram. (AE)

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