O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (29) que retomou o cessar-fogo na Faixa de Gaza após realizar bombardeios que mataram mais de 100 palestinos.
“De acordo com a diretriz da liderança política e após uma série de ataques, nos quais dezenas de alvos terroristas foram atingidos, as IDF [Forças de Defesa de Israel] iniciaram a retomada da aplicação do cessar-fogo em resposta às violações do Hamas. As IDF continuarão a manter o acordo de cessar-fogo e responderão firmemente a qualquer violação dele”, afirmou o Exército israelense em comunicado.
Segundo o Exército, “mais de 30 terroristas que ocupavam posições de comando dentro das organizações que operam em Gaza” foram atingidos durante os ataques. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que “não haverá imunidade para nenhuma liderança do Hamas”, referindo-se a terroristas em Gaza e negociadores no Catar.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou nesta quarta que 104 palestinos morreram e outros 253 ficaram feridos em bombardeios israelenses na terça (28), quando o premiê Benjamin Netanyahu ordenou novos ataques à Gaza pelo que chamou de violações do grupo terrorista. Entre os mortos, mais da metade são mulheres ou crianças, segundo a pasta.
Segundo Netanyahu, os bombardeios de terça foram uma retaliação a duas violações do cessar-fogo pelo Hamas: ataques a tropas israelenses que estavam posicionadas na nova linha de controle em Gaza estabelecida pelo acordo e demora na entrega dos 13 corpos restantes de reféns israelenses. O Hamas rejeitou as acusações e disse que Israel violou o cessar-fogo.