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Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente, troca o Rio de Janeiro por Santa Catarina por “povo trabalhador e honesto”

Em uma publicação, em sua conta no Instagram, Jair Renan se disse “catarinense por opção”. (Foto: Reprodução)

Pré-candidato a vereador em Balneário Camboriú (SC), o filho “04” de Jair Bolsonaro, Jair Renan, fez um paralelo entre a cidade e o Rio de Janeiro, onde o pai e os irmãos fizeram carreira política, e disse que se mudou para lá por ser uma cidade com um “povo trabalhador e honesto”.

Em uma publicação, em sua conta no Instagram, Jair Renan se disse “catarinense por opção”.

No vídeo, ele criticou o fato de o vereador de Balneário Camboriú Eduardo Zanatta, do PT, ter entregado ao padre Julio Lancelotti prêmio do Instituto Humaniza Santa Catarina por “lutar ao lado da democracia e defender os direitos humanos”.

“Mais uma vez o PT e os seus companheiros falando mal de Santa Catarina e de Balneário Camboriú. Ainda mais esse vereadorzinho da esquerda que vocês tanto conhecem, tal de Zanatta”, disse Renan.

Em seguida, Jair Renan citou o motivo de ter se mudado do Rio de Janeiro, berço político do clã Bolsonaro, para a cidade catarinense. Ele se filiou ao PL neste mês e vai disputar uma vaga na Câmara Municipal em outubro.

“Vou fazer um convite a vocês: vão pra Venezuela, lá sim vocês vão ter a democracia que tanto querem. E outra coisa: sabe por que eles falam tão mal de Santa Catarina? Porque somos um povo trabalhador, honesto. Por isso que eu saí do Rio de Janeiro e vim pra cá. Porque esta cidade aqui e todo o estado é maravilhoso, tá ok? Mandar um forte abraço e ‘tamo junto’, compatriotas sulistas”, afirmou.

Réu

A Justiça do Distrito Federal recebeu uma denúncia apresentada pelo Ministério Público e tornou réus Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e outras cinco pessoas acusadas de praticar os crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.

A partir da intimação dos réus, eles terão 10 dias para apresentar sua defesa por escrito. A Justiça considerou que estão presentes na denúncia “os requisitos necessários para dar início à persecução penal em juízo”.

A defesa de Jair Renan disse que ele foi “vítima de um golpe”. A ação penal decorre de uma investigação da Polícia Civil do DF, que indiciou Jair Renan em fevereiro deste ano.

No âmbito dessa investigação, ele chegou a ser alvo de uma operação de busca e apreensão, em agosto do ano passado.

A denúncia do Ministério Público acusa o filho do ex-presidente e outros réus, incluindo o seu ex-instrutor de tiros Maciel Alves de Carvalho, de forjar uma declaração de faturamento de uma empresa de Jair Renan, a RB Eventos e Mídia, com o objetivo de dar lastro a empréstimos bancários que chegaram a R$ 291 mil, entre 2022 e 2023.

O valor não foi pago e o banco cobrou Jair Renan judicialmente. Em fevereiro deste ano, a Justiça determinou que ele pagasse ao banco a dívida, que estava em R$ 360 mil.

O grupo de Jair Renan teria falsificado um documento que atestava falsamente que a empresa dele havia faturado R$ 4,6 milhões no período de um ano, o que configurou, segundo o Ministério Público, o crime de falsidade ideológica.

Ainda de acordo com o MP, esse documento com dados falsos foi apresentado ao banco para a abertura de uma conta, usada posteriormente para a obtenção de três empréstimos, configurando o crime de uso de documento falso.

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