Ícone do site Jornal O Sul

Janot pede resistência a “ameaças” e “revanchismos” na Lava-Jato

Nesta terça-feira (24), Janot fez um pedido formal de urgência à ministra Cármen Lúcia para apressar a homologação da delação da empreiteira (Foto: STF/Divulgação)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou na noite dessa quarta-feira (14) uma mensagem na rede interna do Ministério Público na qual diz que ameaças de retaliação não podem desviar os investigadores do caminho.

“As ameaças de retaliação e o revanchismo não podem nos desviar do caminho reto que é o cumprimento do dever”, diz o texto escrito por Janot e enviado aos procuradores em comemoração do dia do Ministério Público.

“A Lava-Jato é fato que se impõe a todos. Prosseguir é, sobretudo, um dever institucional”, afirma. “A hora é grave e decisiva para o nosso futuro”, disse o procurador.

As declarações do procurador-geral são feitas em meio à tensão que permeia a relação entre Ministério Público, STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso.

Nas últimas semanas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) desafiou o tribunal ao não acatar a decisão do ministro Marco Aurélio Mello e bateu de frente com Janot, que já pediu seu afastamento do cargo e o denunciou pela segunda vez ao Supremo.

“Às milhares de ações que fazem parte de nosso cotidiano, veio se somar a maior e mais complexa investigação criminal de que se tem conhecimento, que avança e desagrada parte da estrutura de poder”, diz o texto de Janot.

“Somos forjados na luta diária contra injustiças de toda ordem. É preciso coragem para agir, apesar dos desígnios contrários à nossa atuação institucional. Coragem que sei existir em cada um de nós. Coragem que dignifica e permite acreditarmos em um amanhã melhor para o nosso País.”

Sair da versão mobile